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eleições/ França

Franceses preferem esquerda, mesmo sem Strauss-Kahn

O Partido Socialista francês continua mobilizado para encontrar a melhor estratégia para superar o choque provocado pelo caso Dominique Strauss-Kahn, candidato considerado favorito para vencer as primárias do partido e bater o presidente Nicolas Sarkozy nas urnas, no ano que vem. Tudo leva a crer que os franceses estão preferindo a volta da esquerda na presidência da França, seja quem for o candidato dos socialistas.

Martine Aubry (centro), Segolene Royal (direita) et Francois Hollande (esquerda) em uma reunião do PS em 9 de abril.
Martine Aubry (centro), Segolene Royal (direita) et Francois Hollande (esquerda) em uma reunião do PS em 9 de abril. REUTERS/Benoit Tessier
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De acordo com uma pesquisa pré-eleitoral divulgada nesta manhã, em que o diretor do FMI não foi incluído, o ex-secretário-geral do PS, François Hollande, ou a atual secretária, Martine Aubry, venceriam o pleito com 23% dos votos, contra 22% para Sarkozy. Marine Le Pen, da extrema-direita, só conseguiria chegar ao segundo turno se a candidata socialista fosse Ségolène Royal, que perdeu para Sarkozy em 2007.

A sondagem CSA concluiu que 54% dos franceses acreditam que a esquerda sairá vencedora das próximas eleições. Embora Strauss-Kahn tenha poucas chances de poder concorrer às eleições, devido ao processo judicial que deverá enfrentar nos Estados Unidos por tentativa de estupro, a pesquisa ainda aponta que 57% da população acha que ele é vítima de um complô. 32% não acreditam nesta tese. A sondagem foi realizada na segunda-feira com 1.007 pessoas, acima de 18 anos.

Prisão

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional passou a segunda noite na prisão de Riskers Island, em Nova York, e espera a decisão do tribunal sobre a sequência de seu processo. Enquanto isso seus advogados preparam sua defesa as acusações de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro. A camareira do hotel, de 32 anos, suposta vítima do caso, continua sob proteção da justiça americana.

A direção do FMI tentou, em vão, contatar Dominique Strauss Kahn na prisão para saber suas intenções de continuar na chefia da instituição. Extra-oficialmente, já começou uma disputa global pelo posto. O Japão, segundo maior doador do Fundo depois dos Estados Unidos, disse hoje que é prematuro discutir a substituição de Strauss Kahn. Esta foi a resposta do porta-voz do governo, Yukio Edano, diante da pergunta se o novo chefão do FMI deve continuar sendo um europeu ou vir da Ásia ou de outra parte do mundo. Ontem, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, disse que é evidente que Strauss-Kahn não tem mais condições de dirigir a instituição financeira.

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