Justiça francesa condena membros de rede criminosa que usava drones para entregar pacotes em prisões
Os dois principais líderes de uma rede de entrega de drogas e telefones por drone em várias prisões da França e da Bélgica foram condenados a quatro anos de prisão na noite de quinta (1) para sexta-feira (2).
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A rede, que operava em mais de quinze prisões, foi desmantelada em dezembro, quase um ano após a descoberta de vários pacotes, de cerca de 350 g, lançados por meio de drones. Eles continham cigarros, drogas e celulares e foram achados na penitenciária de Uzerche, em Corrèze, no sudoeste do país.
Entre outubro de 2022 e abril de 2023, mais de 92 “encomendas” foram entregues. Cinco suspeitos foram acusados de tráfico de drogas, entrega de objetos ilícitos a detentos, sobrevoo de áreas proibidas e lavagem de dinheiro.
Após o julgamento, o tribunal criminal de Tulle, no sudoeste da França, manteve a prisão preventiva de Nolan C., considerado o chefe da rede, e de sua principal cúmplice Belele A, capturados em dezembro. A promotoria havia pedido seis anos de prisão.
Outro membro do grupo, Younes G., foi condenado a três anos de detenção sem direito a liberdade provisória. Outro mandado de prisão foi emitido contra Dylan M., que estava ausente da audiência e foi condenado a 18 meses de encarceramento.
En prison, les détenus se font livrer des colis par des drones ! Ici à la prison de Corbas à Lyon ⬇️ pic.twitter.com/C2W2UNs5Aa
— Institut pour la Justice (@InstitutJustice) March 26, 2023
Céline K., sócia do chefe da rede, foi absolvida de algumas acusações, incluindo lavagem de dinheiro. No entanto, foi condenada a oito meses de prisão com pena reduzida.
O grupo de entregadores vinha centralizando os pedidos desde outubro de 2022 por meio de uma conta na rede social Snapchat chamada "drone2france".
O volume de negócios total está estimado em € 165 mil euros, disse a procuradora pública de Tulle, Myriam Soria. As entregas foram feitas em pelo menos 14 prisões francesas e várias belgas, de acordo com o Ministério Público.
Com informações da AFP
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