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Casal preso em flagrante por pichar estrelas de Davi em Paris foi enviado de volta à Moldávia

Dois moldavos presos no final de outubro, no 10º distrito de Paris em flagrante delito quando desenhavam estrelas de Davi [símbolo que remete à estigmatização dos judeus durante o Nazismo], foram enviados de volta à Moldávia nesta segunda-feira (13). Eles alegam ter agido a pedido de terceiros.

A fachada de uma casa com as estrelas de Davi desenhadas na fachada, em Paris, França, em 31 de outubro de 2023.
A fachada de uma casa com as estrelas de Davi desenhadas na fachada, em Paris, França, em 31 de outubro de 2023. REUTERS - LUCIEN LIBERT
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O casal moldavo, flagrado no meio da noite tentando pintar estrelas de Davi azuis usando um estêncil em fachadas de edifícios, foi enviado de volta à Moldávia no sábado, de acordo com o site da Franceinfo na segunda-feira (13), citando uma fonte próxima do caso.

Os dois indivíduos, com cerca de trinta anos, foram detidos em flagrante no dia 27 de outubro e colocados num Centro de Detenção Administrativa (CRA) em Vincennes, na região parisiense. Enquanto estavam sob custódia policial, eles alegaram ter agido sob ordens de um russo, em troca de dinheiro. Eles foram detidos no CRA e deportados porque estavam em situação irregular na França, de acordo com o site.

No final de outubro, dezenas de estrelas de Davi foram encontradas em diferentes lugares de Paris e arredores, especialmente no sul da capital. Outro casal foi posteriormente identificado, antes de deixar rapidamente a França.

Os investigadores analisam a possibilidade de uma tentativa de desestabilização vinda de Moscou. Segundo fontes próximas do assunto, o alegado patrocinador das ações é Anatoliï Prizenko, um empresário moldavo pró-Rússia.

Diplomacia russa nega

A diplomacia russa negou na quinta-feira (9) qualquer ligação com as misteriosas pichações. “Não, não houve influência externa, não é um desvio ou uma provocação”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

Ela garantiu que foi uma “tentativa, aparentemente, das autoridades francesas ou de seus serviços de inteligência, de simplesmente fingir que o aumento do antissemitismo na França é de uma natureza diferente da interna”.

Estas acusações são “estúpidas, absolutamente absurdas e simplesmente indignas”, criticou Zakharova durante uma coletiva de imprensa.

No dia 31 de outubro, cerca de 60estrelas azuis desenhadas em fachadas de prédios foram descobertas em Paris e seus subúrbios, causando comoção e muitas questões no contexto do conflito entre Israel e o Hamas.

O significado das pichações, cujas fotos circularam nas redes sociais, suscitou muitas questões e deu origem a diversas interpretações.

Mas muitos políticos franceses as interpretaram como atos antissemitas, cujo número aumentou recentemente na França, segundo as autoridades. A primeira-ministra francesa Elisabeth Borne, por exemplo, denunciou “ações desprezíveis”.

(RFI e AFP)

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