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Inspirador da festa brasileira, carnaval de Paris tenta reconquistar seu espaço

Enquanto no Brasil o Carnaval toma conta do país, os parisienses organizaram a sua própria festa, com um desfile que atravessou parte da cidade neste domingo (19). Apesar dos cerca de 10 graus neste final de inverno na capital francesa, não faltou animação na comemoração, que mistura as tradições de vários carnavais e que foi uma das inspirações da folia de momo brasileira.  

O carnaval parisiense é ritmado por instrumentos de percussão, mas o cortejo mistura batucada, danças andinas e sonoridades caribenha (imagem de arquivo)
O carnaval parisiense é ritmado por instrumentos de percussão, mas o cortejo mistura batucada, danças andinas e sonoridades caribenha (imagem de arquivo) © Wikimedia Commons
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Sob o tema “Le monde végétal sous les étoiles” (O mundo vegetal sob as estrelas), o desfile saiu da praça Gambetta, no nordeste de Paris, em direção ao centro da cidade. Apesar de ser ritmado por instrumentos de percussão, o carnaval da capital francesa é bem diferente da festa brasileira.

No cortejo se confundem ritmos caribenhos, danças andinas e batucada. As fantasias de passistas se misturam aos trajes típicos das celebrações de outras festividades latino-americanas em um desfile com ares de fanfarra. 

O evento parisiense não conta com apoio oficial da prefeitura ou de entidades públicas. Organizado por uma associação dirigida pelo artista Basile Pachkoff, ele reúne a cada ano milhares de pessoas.

Apesar de ser bem mais modesta atualmente, a festa parisiense foi uma importante inspiração para a folia de momo brasileira. No século 19, ela foi importada para o Rio de Janeiro, se misturando ao entrudo, festa de origem portuguesa que celebrava a véspera da quaresma já no Brasil Colônia.

Os primeiros registros do carnaval parisiense são de 1739, mas o desfile se popularizou realmente em meados do século 19, com as pessoas passeando pelas ruas em carruagens enfeitadas e batalhas de confete. A festa chamada de “Boi Gordo” era organizada pelos açougueiros da capital às vésperas da terça-feira gorda (mardi gras), antes do início da quaresma.

Na época, a festa era tão importante que a rainha do Carnaval de Paris era recebida no palácio presidencial. Mas a Segunda Guerra Mundial, seguida de uma disputa entre a prefeitura e o governo francês, interromperam a festa do “Boi Gordo” durante 46 anos, até a folia voltar às ruas da capital pela iniciativa.

Saiba mais sobre as origens do carnaval parisiense

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