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Consulado em Paris confirma queixa de duas turistas brasileiras por agressão sexual perto da Torre Eiffel

O Consulado brasileiro em Paris confirmou a informação do jornal francês Le Parisien de que duas brasileiras foram vítimas de agressões sexuais nas proximidades da Torre Eiffel, na madrugada de domingo (5). De acordo com o cônsul adjunto Ruy Ciarlini, foi oferecido serviço de apoio jurídico e psicológico às jovens. 

Policiais costumam patrulhar a praça do Trocadéro e os jardins da Torre Eiffel de bicicleta, mas durante a madrugada a área fica mais deserta (imagem ilustrativa).
Policiais costumam patrulhar a praça do Trocadéro e os jardins da Torre Eiffel de bicicleta, mas durante a madrugada a área fica mais deserta (imagem ilustrativa). AFP/Ludovic Marin
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As duas cidadãs brasileiras entraram em contato com o Consulado nesta terça-feira (7). “Oferecemos apoio jurídico e psicológico”, relatou Ciarlini à RFI. “Vamos atuar nesse caso dentro dos limites da legislação francesa e dos acordos assinados pelos dois países”, informou.

“Hoje mesmo nossa assessora jurídica e a assessora psicológica entraram em contato com elas para oferecer os dois serviços. E tudo vai depender do que elas precisarem, do que elas desejarem. O que elas necessitarem, vamos acompanhá-las e daremos todo o apoio que elas precisarem.”

O cônsul adjunto também confirmou que as jovens registraram boletim de ocorrência em uma delegacia parisiense.

De acordo com Ciarlini, de um modo geral, as vítimas de violência sexual que chegam ao consulado pedem apoio psicológico, “porque a escuta de um profissional brasileiro é muito importante neste momento, para promover um conforto para estas mulheres. É uma experiência que temos”, explica. “Eu ofereci e na hora elas agradeceram, suponho que continuarão” sendo acompanhadas.

O caso de estupro

O jornal Le Parisien informa em sua edição desta terça-feira (7) que duas turistas brasileiras registraram boletim de ocorrência na polícia depois de serem agredidas na madrugada de sábado para domingo por dois homens nos jardins da Torre Eiffel, em Paris. Segundo o relato das brasileiras, que são irmãs, a mais nova delas foi estuprada.

A polícia chegou ao local por volta das 5h30, depois de ser acionada pelas irmãs. Elas contaram que tinham conhecido os dois homens na noite de sábado (4) e consumido bebidas alcoólicas. No início, os dois indivíduos pareciam cavalheiros, mas no final da madrugada assumiram um comportamento "libidinoso", descreve o jornal francês. Nessa hora, as duas irmãs já estavam separadas. 

O homem que acompanhava a mais velha passou as mãos nas nádegas da brasileira. Mas ela repeliu o assédio com firmeza. Diante da resistência, o homem fugiu. Depois de se livrar do agressor, ela saiu em busca da irmã mais nova e a encontrou alguns metros mais distante, deitada na grama, com o acompanhante sobre ela, de calças abaixadas. A chegada repentina fez o suspeito, pego em flagrante, fugir correndo na direção de um carro preto. 

De acordo com o Le Parisien, as turistas brasileiras estavam em estado de choque quando a polícia chegou ao Campo de Marte. Aos prantos e se expressando com dificuldade em francês, elas foram levadas para a delegacia. Em seu depoimento, a brasileira mais nova disse que foi estuprada. O caso está sendo investigado pela 3ª circunscrição da Direção de Polícia Judiciária de Paris.

Área frequentada por delinquentes

O Campo de Marte, onde se ergue a Torre Eiffel cercada por jardins, assim como a área localizada em frente ao monumento, do outro lado do rio Sena, chamada Trocadéro, são conhecidos pelos parisienses como locais propícios à criminalidade. Diariamente, 50 mil turistas atravessam de uma margem à outra do rio para fazer fotos do principal ponto turístico da cidade. Esse vaivém incessante de turistas acaba atraindo para a área batedores de carteira, ladrões de celular, relógios caros e jóias de ouro. Vendedores ambulantes, a maioria imigrantes, animam a área vendendo miniaturas da Torre Eiffel, chaveiros e outras lembrancinhas de Paris. 

Segundo o Le Parisien, "esta população internacional acaba atraindo predadores de toda espécie", apesar de a polícia estar sempre presente, inclusive com policiais à paisana. Mas não às 5h30 da madrugada, para infelicidade das brasileiras agredidas no domingo.

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