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Macron pede que franceses "não entrem em pânico" com falta de luz e diz que 2023 "será ano difícil"

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse neste sábado (3) que 2023 será um "momento um pouco difícil" da história da França. Em entrevista ao canal TF1, ele declarou que isso se deve à desaceleração da economia mundial, mas a expectativa é que a situação melhore em 2024. 

O presidente francês Emmanuel Macron, nesta sexta-feira (2), durante sua visita a Nova Orleans, nos Estados Unidos
O presidente francês Emmanuel Macron, nesta sexta-feira (2), durante sua visita a Nova Orleans, nos Estados Unidos AP - Gerald Herbert
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"Tenho consciência de que os tempos são difíceis e que o custo de vida pesa em nosso cotidiano", disse o chefe de Estado francês, após uma visita oficial de três dias aos Estados Unidos, que terminou nesta sexta-feira (2). 

De acordo com ele, a França está entre os países que "melhor enfrenta" esse contexto desfavorável. "Vamos aguentar o choque", assegurou Macron, que frisou a necessidade de implantar reformas nos setores da Educação, Saúde e Previdência, que tornarão a França, disse, "mais forte." 

O presidente francês lembrou que muitos países vizinhos já entraram em recessão. "Temos tudo para sairmos mais fortalecidos desse momento um pouco difícil da nossa história, e temos provavelmente mais recursos que muitos dos nossos vizinhos. Nós conseguiremos", disse Macron.

Falta de eletricidade

O presidente francês também pediu aos franceses "que não entrem em pânico" diante do risco de falta de energia neste inverno. Segundo ele, os cortes de eletricidade "podem ser evitados" se o consumo diminuir em 10%, de acordo com um plano apresentado pelo governo. "Nesse caso é possível que, mesmo com temperaturas baixas em dezembro e janeiro, não haja problema", insistiu.

O governo francês apresentou uma série de medidas para enfrentar eventuais cortes de eletricidade neste inverno, motivados por uma produção historicamente baixa de energia nuclear. "É normal que o governo se prepare para uma situação extrema. Os últimos anos nos mostraram que, às vezes, o que parecia inimaginável pode acontecer", disse Macron.

"É a responsabilidade do governo se preparar para todo tipo de possibilidade, e garantir que o país não viva o caos." Os cortes, de duas horas no máximo, serão programados e anunciados na véspera em caso de necessidade. Eles poderão atingir escolas e a rede de transportes, para evitar o bloqueio dos passageiros. 

Aposentadoria

Durante a entrevista, o presidente francês também insistiu na adoção da reforma da Previdência, dizendo que o sistema de aposentadoria francês está em perigo e "trabalhar mais tempo" é a única maneira de enfrentar a necessidade de "financiamento massivo". O chefe de Estado defendeu, durante a campanha presidencial, que a idade mínima para a aposentadoria passe de 62 para 65 anos, mas voltou atrás após a reeleição sugerindo 64 anos, condicionando isso a um aumento do tempo de contribuição.

(Com informações da AFP)

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