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Um ano depois de conquistar o direito, solteiras lideram reprodução assistida na França

Uma bebezinha brincando com as flores de um jardim cobre a capa do jornal Libération desta terça-feira (2), lembrando que há um ano a França estendia o direito à reprodução assistida às lésbicas e mulheres solteiras. Sob o título de “Bebês Boom”, o diário conta sobre a explosão de demanda e, com isso, o aumento na espera pelos tratamentos.

Imprensa francesa desta terça-feira (2) lembra que, há um ano, o país estendia o direito à reprodução assistida às lésbicas e às mulheres solteiras (foto ilustrativa).
Imprensa francesa desta terça-feira (2) lembra que, há um ano, o país estendia o direito à reprodução assistida às lésbicas e às mulheres solteiras (foto ilustrativa). © Pexels Creation Hill 1261909
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“Apenas um ano e já existe uma crise de demanda”, destaca a publicação. E são principalmente as mulheres solteiras, 53% dos casos, que procuram os serviços, sendo os demais 47% do público formados por casais de lésbicas.

De acordo com o Comitê nacional que se ocupa da implementação desta lei da bioética promulgada em 2 de agosto de 2021, mais de 12 mil pedidos de primeira consulta para a reprodução assistida foram registrados neste intervalo, contra quase 5 mil consultas realizadas no ano anterior à lei entrar em vigor. O Governo francês, no entanto, aguardava um aumento de apenas 2 mil a 3 mil consultas, orientado pelo número de francesas que buscavam tratamentos no exterior.

O crescimento exponencial de demanda logo gerou uma penúria de oferta: faltam espermatozoides, apesar do número recorde de doadores em 2021, de cerca de 600 homens, quando o recorde anterior, de 2017, era de apenas 404. Até agora, em 2022, já foram 185 doadores.

O jornal Le Monde também destaca em sua matéria de capa que as mulheres solteiras sejam maioria entre as que procuram a reprodução assistida. O artigo sublinha a importância de diversas associações e grupos de ajuda que apoiam estas mulheres que são solteiras sim, sozinhas não.

Apoio nas redes e das famílias

O texto mostra, ainda, como as redes sociais se firmam como um importante ambiente de troca de experiências para esse grupo, quando a maioria das associações, antes, era mais focada no apoio aos casais de lésbicas. As famílias também aparecem como grandes apoiadoras da decisão entre as mulheres solteiras.

Já o jornal Les Echos descreve um pouco desta longa espera para se ter um bebê, muito além dos meses de gestação. A Agência de biomedicina da França aponta que a expectativa para uma primeira consulta no primeiro trimestre de 2022 era de quase 15 meses em média, o que faz com que muitas futuras mamães ainda continuem procurando tratamentos em outros países.

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