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Ex-ministro francês anuncia saída da vida pública em meio a acusações de estupro e assédio sexual

O ex-ministro do Meio Ambiente francês, Nicolas Hulot, anunciou nesta quarta-feira (24) que vai deixar definitivamente a vida pública. Hulot, de 66 anos, é acusado por diversas mulheres de assédio sexual e de estupro. O ecologista negou as acusações durante uma entrevista e afirmou que vai abandonar também a presidência de sua ONG.

Ex-ministro do Meio Ambiente, Nicolas Hulot, anunciou sua saída da vida pública.
Ex-ministro do Meio Ambiente, Nicolas Hulot, anunciou sua saída da vida pública. REUTERS/Charles Platiau
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A primeira denúncia veio a público em 2018, quando Hulot era ministro do governo de Emmanuel Macron. Na época, uma reportagem revelou que a neta do presidente François Mitterrand denunciou Hulot por estupro em 2008.

Pascale Mitterrand relatou à revista Ebdo ter sido abusada sexualmente na casa de Hulot, na ilha da Córsega, em junho de 1997, quando tinha 20 anos. Ele já era o conhecido apresentador do programa de TV Ushuaia, enquanto ela iniciava sua vida profissional. À revista, ela explicou ter decidido prestar queixa à polícia apenas 11 anos depois dos fatos porque, com o crime prescrito, o caso não teria repercussão para a família. 

Com a investigação arquivada, o caso teve repercussão limitada naquele momento. Poucos meses depois, Hulot deixou o governo de Macron, criticando as decisões do presidente em relação à legislação sobre caça.

Agora, uma nova reportagem feita pelo canal de televisão France 2 reuniu o relato de, ao menos, quatro outras mulheres que acusam Hulot de assédio sexual. O documentário será transmitido nesta quinta-feira (25). No entanto, Nicolas Hulot se adiantou e foi a outro canal de televisão nesta quarta-feira negar as denúncias.

Em entrevista à BFMTV, o ecologista afirmou que deixará a presidência de honra de sua ONG, Fondation Hulot, "para protegê-la das sujeiras" e que está deixando definitivamente a vida pública "por desgosto". 

Hulot afirmou ainda não saber quem são as quatro mulheres que o acusam de assédio sexual e estupro no documentário, mas negou todas as acusações, que chamou de "puramente mentirosas". 

Com mais de 30 anos de carreira pública, o ecologista Nicolas Hulot ficou conhecido como apresentador de programas de proteção da natureza na televisão e, mais tarde, entrou na política para defender a causa ecologista.

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