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Macron chama de "heróis" policiais mortos durante ação contra violência doméstica

Os três policiais-militares assassinados durante uma intervenção por violência doméstica na noite desta terça-feira (22) foram chamados de “heróis” pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Este é o incidente mais violento envolvendo policiais na Franca, com exceção de atos terroristas.

Um policial guia os bombeiros em Saint-Just, nas proximidades do local onde policiais foram mortos na noite de 22 de dezembro.
Um policial guia os bombeiros em Saint-Just, nas proximidades do local onde policiais foram mortos na noite de 22 de dezembro. AFP - OLIVIER CHASSIGNOLE
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"A nação se une à dor das famílias", escreveu o chefe de Estado em sua conta Twitter, nesta quarta-feira (23).

O primeiro-ministro Jean Castex afirmou que o drama “deixava de luto o país inteiro” e que compartilhava da dor de familiares e colegas. Ele também garantiu “um apoio incondicional” aos policiais.

O incidente começou pouco depois da meia noite, quando dois policiais que receberam um alerta sobre agressões domésticas tentaram se aproximar da casa onde uma mulher era ameaçada. Eles foram recebidos com tiros. O local, situado em uma área de montanha, e bastante isolado, fica na região de Puy de Dome, no centro da Franca. A cidade mais próxima, Saint-Just, tem apenas 157 habitantes.

Um dos agentes morreu na hora e o outro, que recebeu um tiro na perna, foi transportado pelos bombeiros para o hospital e está fora de perigo.

Logo após, o suspeito, que estava atrincheirado e fortemente armado, colocou fogo na casa. Dois outros policiais, que tentavam abrir caminho para os bombeiros, foram baleados. Quando os paramédicos puderam se aproximar dos agentes, eles já estavam mortos.

As vítimas são o brigadeiro Arno Mavel, de 21 anos, o tenente Cyrille Morel, de 45, e o sargento Remi Dupuis, de 37, de acordo com um comunicado do Ministério do Interior francês.

Buscas

Um esquadrão de busca com certa de 300 militares, incluindo cães farejadores e um helicóptero, foi organizado na noite de terça-feira para encontrar o suspeito, que foi achado morto, na manhã desta quarta-feira (23), informou o ministro do Interior, Gerald Darmanin, sem precisar as circunstancias da morte. Em princípio, acredita-se tratar de um suicídio.

Darmanin, que acompanhou as buscas a distância, em Paris, irá a Ambert nesta quarta-feira, cidade dos policiais mortos, para encontrar os colegas das vítimas, e deve fazer uma coletiva de imprensa às 12h (hora de Paris).

A mulher ameaçada foi interrogada para esclarecer o ocorrido. O atirador era conhecido por incidentes ligados a problemas de guarda dos filhos.

Com exceção dos atos de terrorismo, as agressões com armas de fogo contra a polícia são relativamente raras na França. A última data de junho de 2012, quando duas mulheres policiais foram assassinadas em Collobrieres, no sul do país, durante uma intervenção por uma briga de vizinhos.

Em maio deste ano, um homem atirou com um fusil ferindo ligeiramente um policial, na região da Gironde. O atirador foi morto por outros agentes que estavam no local.

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