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Reforma da Previdência

Greve na França já provoca falta de alimentos em supermercados das Antilhas

A mobilização contra o projeto de reforma da Previdência na França já dura mais de um mês. Além dos transtornos provocados pela greve nos transportes públicos, o movimento já afeta o abastecimento de alimentos nas Antilhas e na Guiana Francesa.

Supermercado em Pointe-a-Pitre, Guadalupe (Foto ilustrativa)
Supermercado em Pointe-a-Pitre, Guadalupe (Foto ilustrativa) JULIEN TACK / AFP
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Mesmo se vivem a quase 7.000 km de distância de Paris, onde manifestantes protestavam nesta quinta-feira (9) contra a reforma da Previdência, os moradores dos territórios franceses ultramarinos têm sentido cada vez mais os efeitos do movimento. Em Fort-de-France, capital da Martinica, os supermercados já registram a falta de manteiga, queijos ou frios, produtos que vêm da França Metropolitana.

A mesma situação é constatada na vizinha Guadalupe, onde os moradores são confrontados a prateleiras vazias nos supermercados. Além de derivados de leite, os estabelecimentos da ilha caribenha registram uma falta de produtos de higiene pessoal e cereais.  

A penúria de mercadoria é provocada pela greve dos doqueiros, mobilizados contra a reforma da Previdência e que bloqueiam alguns portos franceses. No caso de Martinica e Guadalupe, há duas semanas os comerciantes esperam suas encomendas, retidas em Nantes e Dunkerque.

Guiana Francesa também enfreta falta de alimentos

A situação também afeta a Guiana Francesa. Os centros de distribuição do território, que faz fronteira com o Brasil, afirmam que as entregas previstas para dezembro foram anuladas em razão da greve. E como os navios levam cerca de 17 dias para fazerem o trajeto, o impacto começa a ser sentido neste o início de ano.

Alguns distribuidores começam a buscar alternativas, aumentando os pedidos de entregas feitas por aviões. No entanto, já se teme o impacto da medida nos preços, já que o frete aéreo é mais rápido, mas também é mais caro que o transporte marítimo.

Apenas cerca de 50 empresas de pequeno e médio porte atuam no setor agroalimentar local. No entanto, tanto Guadalupe quanto Martinica são dependentes das importações.

“É difícil, pois não temos muitos produtos locais para substituir o que está em falta”, explica Jacky Biollet, diretor de um supermercado da capital martiniquense, em entrevista à rádio FranceInfo. Cerca de 40% dos produtos alimentares das Antilhas são provenientes da França Metropolitana.

Esta semana, além de Nantes (oeste) e Dunkerke (norte), a mobilização dos doqueiros, mas também dos transportes ferroviários, afetavam os portos franceses de Marselha, Bordeaux, Le Havre, La Rochelle e Rouen.

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