Ataque em Moscou: Putin continua ausente em homenagens, mas Kremlin garante 'tristeza'
O presidente russo, Vladimir Putin, ainda não compareceu a nenhuma cerimônia de homenagem às vítimas do maior ataque terrorista dos últimos 20 anos perto de Moscou, nem visitou as famílias das vítimas ou os feridos. O Kremlin, no entanto, garante que ele lamenta o episódio.
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"O chefe de Estado sente-se pessoalmente e totalmente preocupado com este tipo de tragédia. Acreditem, mesmo que não se veja lágrimas em seu rosto: isso não significa que ele não sofra", declarou o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, durante uma curta entrevista transmitida neste sábado (30).
“É improvável que alguém saiba e entenda o que ele está passando”, acrescentou Peskov.
Em 22 de março, homens armados entraram na Crocus City Hall, uma grande sala de concertos perto de Moscou, atiraram contra a multidão e incendiaram o prédio.
De acordo com o último relatório das equipes de resgate russas, pelo menos 144 pessoas morreram e 695 ficaram feridas durante este ataque reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico. Foi o atentado mais mortal das últimas duas décadas na Rússia.
Sem visita às famílias
Depois da tragédia, o presidente russo esperou até o dia seguinte para se pronunciar publicamente. O Kremlin indicou na quinta-feira (28) de que não haveria ainda qualquer previsão de ele visitar as famílias das vítimas, nem de ir ao local do ataque.
Neste sábado, diplomatas ocidentais, principalmente americanos e europeus, assim como de países africanos e sul-americanos, deslocaram-se ao local para depositar flores e dedicar um minuto de silêncio em homenagem às vítimas, informou a agência Ria-Novosti.
Na quarta-feira (27), Putin viajou para a região de Tver, a noroeste de Moscou, para visitar um museu histórico e conhecer funcionários do setor cultural. Na quinta-feira (28), ele participou de um encontro dedicado ao turismo.
O líder russo só admitiu na segunda-feira (25) que o tiroteio foi cometido por “islamistas radicais”, mas as autoridades russas acusaram a Ucrânia e seus aliados ocidentais de terem participado do atentado. Kiev nega veementemente ter “facilitado” o ataque.
(Com informações da AFP)
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