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Fabricação de armas em impressoras 3D por extremistas de direita preocupa polícia europeia

O aumento na apreensão de armas caseiras com peças fabricadas por impressoras 3D ligado a grupos terroristas de extrema direita preocupa a polícia europeia. O último relatório da Europol sobre as tendências do terrorismo, publicado nessa quarta-feira (14), aponta que as autoridades registram um interesse crescente pelas armas impressas, com divulgação on-line de manuais para a fabricação de pistolas por células neonazistas, produção artesanal e venda de armas para financiamento de grupos.

Esta foto de 4 de agosto de 2016, fornecida pela Administração de Segurança dos Transportes, mostra uma réplica de revólver de plástico que os agentes da TSA encontraram na bagagem de mão de um passageiro no Aeroporto Internacional de Reno-Tahoe em Reno, Nevada. O homem concordou em deixar para trás a arma de fogo falsa e proibida, fabricada em uma impressora 3D, e foi autorizado a embarcar sem incidentes.
Esta foto de 4 de agosto de 2016, fornecida pela Administração de Segurança dos Transportes, mostra uma réplica de revólver de plástico que os agentes da TSA encontraram na bagagem de mão de um passageiro no Aeroporto Internacional de Reno-Tahoe em Reno, Nevada. O homem concordou em deixar para trás a arma de fogo falsa e proibida, fabricada em uma impressora 3D, e foi autorizado a embarcar sem incidentes. AP
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Quatro anos após duas pessoas serem mortas na Alemanha por um atirador munido de um rifle caseiro, as autoridades europeias indicam que o estímulo à fabricação de armas em impressoras 3D se propaga entre grupos supremacistas de extrema direita.

Em fevereiro do ano passado, a polícia holandesa prendeu um homem de 33 anos por crimes de ódio. Ativo em diversos grupos de extrema direita na internet, ele guardava em sua casa dois fuzis semiautomáticos fabricados com peças impressas, além de munição e material de incitação ao ódio. 

Em maio, foi na Eslováquia que as armas voltaram a aparecer ligadas ao terrorismo. Um jovem de 22 anos foi preso por incitar atos de terrorismo para derrubar o governo e defender teorias de supremacia branca.

Entre o material que ele publicava na internet, foram encontrados manuais de instrução para a fabricação doméstica de armas de fogo automáticas combinando peças de impressão 3D e peças de metal modificadas, instruções para a fabricação de explosivos e para a realização de ataques de sabotagem em redes de comunicação, água e eletricidade. A investigação revelou que ele participava de uma rede transnacional de radicalização. 

Risco iminente

Apesar de nenhum atentado terrorista registrado em 2022 ter sido perpetrado com uma arma caseira, a Europol aponta com preocupação para essa possibilidade.

Em setembro, um atentado terrorista foi evitado na Islândia após dois homens, de 24 e 26 anos, serem presos. Os dois colegas de trabalho planejavam um ataque a algum grupo minoritário, os alvos possíveis eram homossexuais e muçulmanos, segundo o relatório. 

Os dois jovens foram presos com armas do tipo FGC-9 produzidas em casa. Com calibre de 9 milímetros, elas são montadas com peças de plástico e de metal não regulamentadas e funcionam com munição comum de uma pistola. 

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