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ONU reconhece autenticidade de vídeo que mostra soldado ucraniano executado por russos

A ONU reconheceu nesta quarta-feira (8) a autenticidade de um vídeo que mostra um soldado ucraniano sendo executado por militares russos, que circula em redes sociais. O caso constitui uma nova violação do direito internacional pela Rússia. Moscou afirma que trata-se de uma encenação. 

Soldados ucranianos nas proximidades de Bakhmout, na região de Donetsk, na Ucrânia, em 7 de março de 2023.
Soldados ucranianos nas proximidades de Bakhmout, na região de Donetsk, na Ucrânia, em 7 de março de 2023. AP - Libkos
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Emmanuelle Chaze, correspondente da RFI em Kiev e AFP

O vídeo "parece autêntico", disse o Escritório de Direitos Humanos da ONU na quarta-feira (8). “Estamos cientes deste vídeo postado nas redes sociais que mostra um soldado ucraniano fora de combate, aparentemente executado pelas Forças Armadas russas. Com base em uma análise preliminar, acreditamos que o vídeo seja autêntico”, disse à AFP uma porta-voz do Alto Comissariado.

A identidade do militar foi confirmada por Kiev, na terça-feira (7) que prometeu punir esta nova violação do direito internacional em seu território.

O soldado ucraniano se chamava Timofey Shadura, tinha 42 anos e nasceu na província de Donetsk onde defendia a integridade territorial de seu país, na 30ª brigada mecanizada. 

Desaparecido desde 2 de fevereiro e feito prisioneiro de guerra do Exército de Moscou. Seu rosto passou a ser conhecido por milhões de ucranianos que assistiram, estarrecidos, sua execução brutal filmada por soldados russos. 

Mais de 71.000 investigações abertas

As imagens, publicadas no Telegram, que mostram um soldado ucraniano abatido por militares russos geram comoção na Ucrânia. Com feições tensas, um cigarro na boca, Timofey Shadura recusou-se a submeter-se aos seus carrascos e pronunciou "Slava Ukraini", "Glória à Ucrânia", antes de ser baleado várias vezes. Uma clara violação do direito internacional, que considera que a integridade física e os direitos fundamentais dos prisioneiros de guerra devem ser respeitados.

Desde a publicação, o vídeo e a foto do soldado se tornaram virais, compartilhadas com a frase "Glória à Ucrânia! Glória a nossos heróis". 

Na noite de segunda-feira (6), "Slava Ukraini" era a hashtag mais citada no Twitter em todo o mundo, muitas vezes acompanhadas de desenhos e homenagens ao soldado. 

Este crime se soma à longa lista de 71.000 investigação de crimes de guerra cometidos na Ucrânia por Moscou, entre elas, execuções sumárias de soldados e civis, estupro, deportação e tortura. 

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