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Dinamarca: partido social-democrata chega na frente nas eleições, mas sem maioria

O bloco de esquerda da primeira-ministra dinamarquesa social-democrata Mette Frederiksen chegou na frente nesta terça-feira (1°) nas eleições legislativas, mas sem maioria diante da coalizão que une a direita e a extrema direita, de acordo com pesquisas de boca de urna.

Poster de campanha do líder do partido Moderados, de centro, Loekke Rasmussen, em Copenhagen, Dinamarca, em 31 de outubro de 2022.
Poster de campanha do líder do partido Moderados, de centro, Loekke Rasmussen, em Copenhagen, Dinamarca, em 31 de outubro de 2022. © Sergei Grits / AP
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O centro, com 16 ou 17 cadeiras das 179 do Parlamento da Dinamarca, aparece como provável mediador entre a esquerda (85 ou 86 cadeiras) e a direita e a extrema-direita (73 ou 74 cadeiras), de acordo com pesquisas com eleitores na saída das urnas, em resultados divulgados após o fechamento das seções eleitorais, às 20 horas locais (16 horas em Brasília), pelas tevês públicas DR e TV2.

Este cenário deixa em aberto várias hipóteses, entre elas, a renovação do mandato de Frederiksen e a escolha de um novo primeiro-ministro de centro ou da direita.

Nem o bloco social-democrata ou a coalizão de direita e extrema direita poderiam governar sem os Moderados, partido centrista criado este ano pelo ex-dirigente liberal Lars Lokke Rasmussen, duas vezes primeiro-ministro no passado. Com apenas 2% em pesquisas há dois meses, a sigla assume agora a posição de mediador.

“Esta eleição poderia ser bastante apertada e existe o risco de um governo de direita”, disse, após votar no começo da manhã na periferia de Copenhague, a chefe do governo. Mette Frederiksen afirmou, no entanto, que estava “otimista”.

Clima e inflação

A campanha foi dominada por questões climáticas, sobre o aumento do custo de vida – a inflação atinge o nível mais alto em 40 anos – e sobre o sistema de saúde.

“Para todo o mundo, o clima é importante. Não podemos ignorar. Mas eu acho, também, que depois da Covid-19, as questões de saúde são igualmente importantes”, disse Marie Kruse, eleitora de 47 anos.

Nikolaj Sommer escolheu após analisar os programas econômicos. “Parar de estimular a inflação na Dinamarca, para mim, é muito importante, e também o sistema social dinamarquês e a maneira como vamos administrá-lo a longo prazo”, explica o jornalista de 47 anos.

A eleição foi precipitada pela “crise dos visões”: a decisão de Frederiksen de abater todos os visões do país, cerca de 15 milhões, por causa da Covid-19. Um dos partidos que apoiavam o governo ameaçou derrubá-la caso o pleito não fosse convocado para confirmar o apoio da população, depois da polêmica decisão da primeira-ministra.

Apesar disso, a gestão da pandemia não foi tema da campanha, assim como questões de imigração. A Dinamarca mantém uma política migratória rígida há mais de 20 anos.

Desde o fim dos anos 1990, a extrema direita tem uma influência importante na política dinamarquesa. Para esta votação, três partidos populistas disputam os votos dos eleitores e juntos têm por volta de 15% das intenções de voto.

(Com informações da AFP)

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