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Polícia alemã investiga incêndio em abrigo para ucranianos que teve suástica pintada na porta

Um incêndio praticamente destruiu um abrigo para ucranianos em Gross Stromkendorf, no norte da Alemanha, nesta quinta-feira (20). Os 15 refugiados e os funcionários foram retirados a tempo e não há vítimas, informou a polícia local em nota. Mas as autoridades cogitam a hipótese de um crime de cunho racista. 

Um incêndio destriu o abrigo onde moravam os refugiados ucranianos na Alemanha.
Um incêndio destriu o abrigo onde moravam os refugiados ucranianos na Alemanha. AP - Jens Büttner
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Com informações de Nathalie Versieux, correspondente da RFI em Berlim

O incêndio começou na noite de quarta-feira (19). Os bombeiros não conseguiram controlar o fogo e, após retirarem os ocupantes, deixaram o imóvel, situado em uma área afastada, ser consumido pelas chamas, como mostraram as imagens do incidente divulgadas pela imprensa alemã.

"A polícia supõe que a origem do fogo seja criminosa", dizem os investigadores, que não descartam o envolvimento de grupos da extrema direita. Uma patrulha policial já havia visitado o abrigo na quarta-feira após a descoberta de uma suástica pintada na porta, segundo a imprensa local. Cerca de 170 refugiados ucranianos já foram recebidos no abrigo desde março.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, esteve no local do incêndio no final da tarde desta quinta-feira (20). Ela disse que "tais fatos não devem ser tolerados por nenhum de nós, em nenhum nível", e reiterou que o incêndio era "provavelmente criminoso", assegurando que a resposta do governo seria "severa."

Prédio estava vazio

Em Apolda, no centro do país, outra casa para ucranianos foi destruída no início do mês. Mas o prédio estava vazio no momento do incêndio. A Alemanha registrou, desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, a chegada de mais de 967 mil refugiados ucranianos e muitos deles permaneceram no país.

Eles foram recebidos de braços abertos pelos alemães e se integraram rapidamente. Mas a extrema direita do país apoia o presidente russo, Vladimir Putin, e estima que bastaria colocar um fim às sanções contra Moscou para acabar com a crise energética que toma conta da Europa. Desde o início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro, mais de 5 milhões de ucranianos fugiram do país.

(Com informações da AFP)

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