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Anistia Internacional acusa Rússia por crimes de guerra na Ucrânia

A Anistia Internacional acusou, nesta segunda-feira (13), a Rússia de crimes de guerra na Ucrânia, dizendo que centenas de vítimas morreram em incessantes ataques em Kharkiv, muitos deles realizados com bombas de fragmentação.

Um homem puxa um carrinho no mercado de Barabashovo, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, em Kharkiv, Ucrânia, em 12 de junho de 2022.
Um homem puxa um carrinho no mercado de Barabashovo, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, em Kharkiv, Ucrânia, em 12 de junho de 2022. REUTERS - IVAN ALVARADO
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Após uma investigação, a ONG de defesa dos direitos humanos afirma ter encontrado evidências de que em sete ataques a bairros da segunda cidade da Ucrânia, no nordeste do país, as forças russas usaram bombas de fragmentação do tipo N210 e 9N235 e minas de fragmentação, duas categorias proibidas por tratados internacionais.

Intitulado "Todo mundo pode morrer a qualquer momento", o relatório mostra como as forças russas mataram e causaram imensos danos ao bombardear bairros residenciais em Kharkiv desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

"As pessoas morreram em suas casas, nas ruas, em parques e em cemitérios, quando faziam fila para obter ajuda humanitária ou para comprar alimentos ou remédios", diz Donatella Rovera, pesquisadora de situações de crise e conflito na sede da Anistia.

"A reiterada utilização de armas (...) proibidas é chocante e mostra um verdadeiro desrespeito pela vida dos civis", acrescenta.

Mais de 12 mil investigações

Embora a Rússia não tenha assinado a convenção sobre munições de fragmentação nem a de minas antipessoais, o direito internacional humanitário proíbe ataques e o uso de armas que atacam indiscriminadamente e constituem um crime de guerra, destaca o relatório.

A justiça ucraniana iniciou mais de 12 mil investigações por crimes de guerra desde o início da invasão russa, de acordo com a procuradoria.

A Anistia Internacional investiga 41 bombardeios que deixaram um total de ao menos 62 mortos e 196 feridos. Foram entrevistadas 160 pessoas em Kharkiv em abril e maio, incluindo sobreviventes de ataques, parentes de vítimas e testemunhas.

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