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Rússia libera primeiro corredor humanitário na Ucrânia, antes de batalha por porto de Mariupol

A Rússia autorizou, pela primeira vez desde o início da ofensiva na Ucrânia, há 10 dias, a instauração de um corredor humanitário para a retirada dos civis e o abastecimento da cidade de Mariupol, estratégica para as forças russas. A operação começa na manhã deste sábado (5), conforme anunciou a prefeitura da cidade ucraniana, que abriga um importante porto no mar Azov.

Médicas e enfermeiras atendem civis no subsolo de maternidade em Mariupol, transformada em hospital em meio à ofensiva russa à cidade.  (01/03/2022)
Médicas e enfermeiras atendem civis no subsolo de maternidade em Mariupol, transformada em hospital em meio à ofensiva russa à cidade. (01/03/2022) AP - Evgeniy Maloletka
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O município está cercado pelas forças russas e pró-russas na Ucrânia. Um cessar-fogo foi anunciado por Moscou para a saída da população civil do local e da vizinha Volnovakha, após uma negociação entre representantes dos dois países.

O Ministério da Defesa russo informou que os pontos de saída dos civis foram acertados com as autoridades ucranianas, conforme relataram agências russas de imprensa. Ao mesmo tempo, alimentos e medicamentos poderão entrar nas duas cidades. O início das operações é previsto para as 11h no horário local (6h em Brasília).

“No total, serão necessárias várias etapas de evacuação, em diversos dias, para que cada pessoa que queira partir possa fazê-lo”, informou a conta da prefeitura no Telegram. O corredor encaminhará os civis para a cidade ucraniana de Zaporojie, a 220 quilômetros ao noroeste.

A captura de Mariupol representa uma vitória para Moscou na invasão da Ucrânia, ao conectar as forças russas na península ocupada da Crimeia com as tropas separatistas pró-russas no leste ucraniano.

Promessa de pausa de “ataques implacáveis”

Na madrugada deste sábado, o prefeito de Mariopol, Vadim Boitchenko, anunciou que o porto da cidade, que tem 450 mil habitantes em tempos normais, está submetido a um “bloqueio”. As forças separatistas pró-russas e o exército russo acrescentaram que a cidade estava “cercada”. O prefeito solicitou o cessar-fogo, atendido horas depois por Moscou.

Na quinta-feira, Boitchenko acusou as tropas russas de querer sitiar a área destruindo pontes e trens para impedir a saída dos moradores. "Durante cinco dias nossa cidade natal, nossa família de meio milhão de habitantes, sofreu ataques implacáveis", escreveu o prefeito, que pediu para a resistência não desistir.

Ele assegurou que a cidade é defendida por unidades do exército ucraniano, a Guarda Nacional, o regimento ultranacionalista Azov, guardas de fronteira e a infantaria de fuzileiros navais.

Com informações da AFP

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