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Líderes do G20 devem confirmar compromisso para limitar aquecimento global

Reunidos em Roma para uma cúpula neste fim de semana, os dirigentes do G20 prometeram intensificar seus esforços para limitar o aquecimento global a 1,5ºC, de acordo com o rascunho do projeto de declaração obtido pela imprensa neste sábado (30).  

O presidente Joe Biden chega a Roma para partcipar da cúpula do G20 e é recebido pelo primeiro-ministro italiano Mario Draghi.
O presidente Joe Biden chega a Roma para partcipar da cúpula do G20 e é recebido pelo primeiro-ministro italiano Mario Draghi. KEVIN LAMARQUE POOL/AFP
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A última versão do projeto de declaração comum, focada na necessidade de uma ação climática conjunta, e que será divulgada na íntegra no final da reunião, neste domingo (31), é resultado de negociações difíceis entre os países membros para diminuir as emissões de gases poluentes. "Continuamos comprometidos com o objetivo determinado no Acordo de Paris, que visa manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2º e manter os esforços para limitá-lo a 1,5º acima dos níveis pré-industriais", indica o texto.

De acordo com o projeto de declaração, os dirigentes também reconhecem a importância de interromper as emissões de CO2 até 2050, mas muitos líderes dos países mais poluidores do planeta ainda não assumiram esse compromisso. Para isso, os responsáveis "se engajam a fazer o possível para interromper a construção de novas estruturas de produção elétrica que utilizam o carbono a partir de 2030."

O texto também ressalta a importância de "respeitar o compromisso para mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2025 para os países em desenvolvimento" e promete "progredir para garantir a proteção de pelo menos 30% das terras e dos oceanos do planeta até 2030." Além disso, "promete tomar medidas concretas para colocar um fim à pesca, à exploração das floresta, das minas e à exploração ilegal de animais selvagens."

China e emergentes dependem do carvão

"Devemos ser mais ambiciosos sobre o clima", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. "As próximas horas serão importantes para resolver questões que continuam em aberto", declarou, antes da abertura da cúpula em Roma.

O representante europeu reconheceu que a questão será complicada, principalmente para alguns países dependentes do carvão. "É algo difícil de aceitar. Teremos dificuldades e faremos o melhor possível para convencer os países que ainda estão reticentes", afirmou. A China, e muitos países emergentes, dependem do carbono para o funcionamento de suas centrais elétricas.

Mecanismo para gerenciar pandemias

Neste sábado, o presidente americano, Joe Biden, também pediu aos principais países produtores de energia do G20 que aumentassem dua produção para sustentar a retomada econômica mundial. Durante o encontro, os líderes também devem discutir os esforços para acabar com a pandemia de Covid-19 e anunciar a criação de uma estrutura cuja missão será melhorar a coordenação e planejamento para prevenir uma próxima epidemia.

Nesta sexta-feira (29), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou sobre o risco de "catástrofe climática", responsabilizando os países do G20, de que fazem parte os Estados Unidos, a União Europeia, a China, a Rússia e a Índia, países que representam a maior parte das emissões mundiais de gases poluentes. 

Após a reunião do G20, os chefes de Estado e de governo viajam para Glasgow, na Escócia, para participar da COP26, que começa no dia 1º de  novembro.

(Com informações da AFP)

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