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Suspeito de ataques na Noruega é dinamarquês convertido ao islamismo radical

O homem suspeito de ter cometido os ataques usando um arco e flechas, que deixaram cinco mortos e dois feridos na cidade de Kongsberg, no sul da Noruega, nesta quarta-feira (13), é um dinamarquês de 37 anos, informou a polícia nesta quinta-feira (14), após a prisão. Ele teria se reconvertido recentemente ao islamismo radical.

Ataque com arco e flecha deixa cinco mortos na Noruega; ato terrorista não está descartado.
Ataque com arco e flecha deixa cinco mortos na Noruega; ato terrorista não está descartado. via REUTERS - NTB
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O homem era monitorado pela polícia, disse o chefe da polícia dinamarquesa, Ole Bredrup Saeverud, durante uma entrevista coletiva em Kongsberg.   "Estamos investigando para confirmar se se trata de um atentado terrorista", afirmou. "Temos quase certeza de que ele agiu sozinho."

O suspeito foi detido após 35 minutos de fuga e atirou flechas contra os policiais antes de ser preso. Ele foi interrogado durante a noite e se apresentará à Justiça nesta quinta ou sexta-feira (15), que deverá decretar sua prisão provisória.

De acordo com o advogado do suspeito, Fredrik Neumann, ele vai cooperar com a polícia. "Ele explicou em detalhes o que aconteceu e está cooperando", declarou à imprensa. As vítimas são quatro mulheres e um homem. Os dois feridos tiveram ferimentos leves. 

O trajeto realizado pelo homem armado de arco e flechas em um bairro movimentado com casas, lojas e um campus universitário durou apenas 20 minutos, até ele ser preso pela polícia, relatou o correspondente regional da RFI Frédéric Faux. Os residentes de Kongsberg foram incitados a ficar em casa, por precaução.

Esquadrão anti-bombas

A polícia enviou o esquadrão antibombas, além de helicópteros, para a captura. Após os incidentes, a administração central da polícia anunciou que havia instruído todos os policiais do país a se munirem de armas de fogo.

Tradicionalmente, os oficiais na Noruega não trabalham armados, mas têm acesso a pistolas e rifles quando necessário. De acordo com o canal de televisão TV2, além do arco e flechas, o homem carregava outras armas. Os serviços de inteligência (PST) foram alertados. 

O ataque aconteceu no último dia do mandato da primeira-ministra conservadora Erna Solberg, que entrega o cargo nesta quinta-feira ao novo governo de centro-esquerda dirigido por Jonas Gahr Store, vencedor das eleições legislativas em 13 de setembro.

Ele lamentou a tragédia, assim como o rei Harald V. "Estamos horrorizados pelos eventos trágicos em Kongsberg", escreveu o monarca em uma carta. 

Em um tuíte, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou estar "chocado e triste". O saldo desses ataques é o pior registrado no país desde os atentados cometidos há dez anos por um extremista de direita, o ativista islamofóbico Anders Behring Breivik, em Oslo e na ilha de Utoya. O atentado deixou 77 mortos.

(Com informações da AFP)

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