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Polônia quer construir muro para impedir que migrantes cruzem a fronteira com Belarus

A Polônia planeja construir um muro para evitar que migrantes cruzem sua fronteira com Belarus, de acordo com um projeto de lei debatido no parlamento polonês nesta quarta-feira (13). O custo de construção do muro é estimado em € 353 milhões e incluirá também a instalação de "detectores de movimento".

Migrantes na fronteira de Bemarus com a Polônia, na aldeia de Usnarz Gorny, Polônia. Milhares de pessoas que viajaram para Belarus nas últimas semanas foram empurradas na fronteira por guardas bielorrussos. A União Européia condenou as ações bielorrussas como uma forma de "guerra híbrida" contra o bloco.
Migrantes na fronteira de Bemarus com a Polônia, na aldeia de Usnarz Gorny, Polônia. Milhares de pessoas que viajaram para Belarus nas últimas semanas foram empurradas na fronteira por guardas bielorrussos. A União Européia condenou as ações bielorrussas como uma forma de "guerra híbrida" contra o bloco. AP - Czarek Sokolowski
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O governo nacionalista e populista da Polônia aprovou o projeto na terça-feira (12) e o mesmo deve ser votado pelos parlamentares no mais tardar nesta quinta-feira (14).

“O número de tentativas de cruzar a fronteira está aumentando”, disse o governo polonês, numa tentativa de justificar o projeto. O texto da PL afirma que ninguém será capaz de se aproximar do muro, a partir de 200 metros.

Desde agosto, milhares de migrantes, principalmente do Oriente Médio e da África, tentaram cruzar a fronteira da Polônia com Belarus.

Vingança

Segundo a União Europeia, o regime bielorrusso organizou deliberadamente este influxo de refugiados como vingança pelas sanções europeias.

A Polônia respondeu enviando milhares de soldados para a fronteira, estabelecendo um estado de emergência e construindo uma cerca de arame farpado.

O pais é um dos doze Estados que na semana passada pediu à União Europeia para financiar "barreiras" fronteiriças para impedir que os migrantes entrem no território da UE.

O projeto do muro foi imediatamente criticado por organizações não governamentais que acusam as autoridades polonesas de reagir com brutalidade e que alertam contra uma possível "catástrofe humanitária", em particular por causa das condições de vida dos migrantes presos nos bosques e pântanos desta fronteira.

O estado de emergência, que impede que jornalistas e instituições de caridade se aproximem da fronteira, revelou-se particularmente controverso e a UE apelou a Varsóvia exigindo "transparência".

Com informações da AFP

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