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OMS alerta sobre risco de mais 236 mil mortes por Covid-19 na Europa até dezembro

A Organização Mundial de Saúde teme que a pandemia de Covid-19 faça mais 236 mil vítimas fatais na Europa até dezembro e manifestou sua preocupação com a recente “estagnação” do ritmo de vacinação no continente. A OMS e o Unicef pediram que professores e profissionais de Educação sejam priorizados nas campanhas de vacinação.

A Europa poderá registrar 236 mil mortos adicionais pela pandemia de Covid-19 até 1º de dezembro - afirmou nesta segunda-feira o diretor regional da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, manifestando sua preocupação com a desaceleração do ritmo de vacinação.
A Europa poderá registrar 236 mil mortos adicionais pela pandemia de Covid-19 até 1º de dezembro - afirmou nesta segunda-feira o diretor regional da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, manifestando sua preocupação com a desaceleração do ritmo de vacinação. AFP - FREDERICK FLORIN
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“Na semana passada, o número de mortos na região aumento 11%, o que permite uma projeção confiável de mais 236 mil mortes na Europa até 1o de dezembro”, somadas ao 1,3 milhão de mortes já provocadas pela pandemia no velho continente, declarou o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, durante uma coletiva nesta segunda-feira.

O índice de infecção na região aumenta à medida que a variante Delta, mais contagiosa, se propaga, principalmente entre pessoas não vacinadas. Entre os 53 países europeus, 33 indicaram um aumento superior a 10% na incidência de novos casos nas duas últimas semanas, destacou Kluge.

Além da forte contagiosidade da variante Delta, o “relaxamento exagerado” das medidas de segurança sanitária e o aumento das viagens neste verão (no hemisfério norte) estão entre as causas do aumento de casos.

O ritmo das campanhas de vacinação também diminuiu. “Durante as últimas seis semanas, a taxa caiu 14% devido à falta de acesso às vacinas em certos países e à rejeição aos imunizantes em outros”, destacou Kluge, pedindo o aumento da capacidade de produção e que os países deixem de lado as tentações nacionalistas e compartilhem as doses.

Disparidades na Europa

Se 75% dos profissionais de saúde de toda Europa estão vacinados, em alguns países europeus apenas 10% foi imunizado, de acordo com a organização. Somente 6% dos habitantes dos países mais pobres da Europa estão totalmente vacinados, lembrando que a OMS recomenda uma cobertura vacinal de 80% para acabar de uma vez com a pandemia.

Dados da OMS mostram que, em oito meses, quase 850 milhões de doses foram administradas na região, pelo menos 413,26 milhões de pessoas estariam completamente vacinadas (44,2% da população).

No mundo inteiro, 5,24 bilhões de doses foram distribuídas. Ao menos 216,3 milhões de pessoas tiveram a Covid-19 no mundo e 4,5 milhões morreram, segundo um balanço da AFP por meio de fontes oficiais.

Vacinas para os professores

Para Kluge, “a aceitação da vacinação pela população é crucial”, principalmente porque as medidas de saúde pública e sociais foram relaxadas em diversos lugares. “O ceticismo em relação às vacinas e a negação da ciência nos impedem de estabilizar a crise. Isto não serve para nada e não é bom para ninguém”, insistiu.

Com a volta às aulas marcada para esta semana em diversos países, os europeus devem aplicar uma estratégia de vacinação destinada a manter o ensino presencial, considerado vital. Será necessário “propor a vacina contra a Covid-19 aos professores e outros profissionais da educação como grupo prioritário nos planos nacionais de imunização”, indicaram a OMS e o Unicef Europa em um comunicado publicado nesta segunda-feira.

OMS e Unicef fizeram um apelo para que os países vacinem as crianças a partir de 12 anos que apresentem condições médicas que as deixam mais vulneráveis a um caso grave de Covid-19. Também destacaram a importância de adotar medidas para melhorar o ambiente escolar durante a pandemia, como boa ventilação, menos alunos por sala, distanciamento social e testes frequentes de Covid para alunos e funcionários.

(Com informações da AFP)

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