Tinder deve compartilhar dados de usuários com autoridades na Rússia
O órgão regulador russo para a Internet, a Roskomnadzor (Serviço Federal para a Supervisão das Comunicações, Tecnologia das Informações e Mídia), determinou nesta segunda-feira (3) que o aplicativo de namoro Tinder deve, a partir de agora, compartilhar dados de seus usuários com os serviços de segurança.
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A Roskomnadzor já possui uma linha de serviços pela internet que devem fornecer dados dos usuários caso sejam requisitados. Esses aplicativos são obrigados a compartilhar chaves de criptografia e a conservar na Rússia as informações sobre internautas durante seis meses.
Entre as dezenas de companhias presentes na lista, está a rede social russa Vkontakte.
Em abril de 2018, as autoridades russas ordenaram o bloqueio do Telegram, serviço de mensagens instantâneas criptografadas, pois o aplicativo se recusou a fornecer aos serviços de segurança as chaves para ler as mensagens. Telegram tem conseguido contornar o bloqueio e continua acessível na Rússia.
Sanções
Em janeiro, a Roskomnadzor iniciou processos administrativos contra o Twitter e Facebook, acusando-os de não obedecer a lei de conservação de dados. Pelo mesmo motivo, a rede social LinkedIn foi bloqueada em 2016 e permanece inacessível na Rússia.
Lançada em 2012, o aplicativo de encontros Tinder, propriedade do grupo americano InterActive Corp (IAC) é um dos mais populares do mundo.
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