Catalunha fica sem presidente regional após Justiça prender separatistas
O Parlamento catalão suspendeu neste sábado (24) a posse de um novo presidente regional por meio da detenção do candidato separatista Jordi Turull, após um golpe judicial contra a cúpula separatista, que coloca a Catalunha em um novo bloqueio político.
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Na sexta-feira (23), o juiz que instrui a tentativa de secessão de outubro acusou 25 líderes separatistas, 13 deles por rebelião, e decretou prisão preventiva para cinco - elevando a nove o número de políticos presos - além de emitir ordens de captura contra seis independentistas no exterior. Um deles é o ex-presidente regional Carles Puigdemont, que atualmente reside na Bélgica.
A Polícia finlandesa recebeu a ordem de prisão e, após pedir informações suplementares às autoridades espanholas, ativou o "procedimento normal de extradição" contra o líder separatista.
"A Finlândia recebeu uma ordem europeia de prisão de um cidadão espanhol que visita" o país e, por isso, ativará "o procedimento normal de extradição", indica um comunicado do Escritório Nacional de Investigação (NBI) finlandês, referindo-se a Puigdemont. Mais cedo, o NBI havia assegurado que "o paradeiro da pessoa não é conhecido atualmente pelas autoridades".
Puigdemont já teria retornado à Bélgica
No entanto, neste sábado, o deputado finlandês Mikko Karna, que foi o anfitrião de Puigdemont na participação de um seminário na Universidade de Helsinque e de um encontro com deputados, declarou que o ex-presidente catalão deixou a Finlândia na sexta-feira (23) e voltou para a Bélgica.
Karna tuitou que tinha acabado de "receber a informação de que Carles Puigdemont deixou a Finlândia ontem à noite (sexta-feira, hora local) por meios desconhecidos para a Bélgica". "Puigdemont me confirmou hoje que, na Bélgica, cooperará totalmente com as autoridades", informou Karna.
Em entrevistas a várias rádios catalãs, seu advogado, Jaume Alonso Cuevilla, lembrou que, quando as autoridades belgas receberam uma ordem europeia, depois retirada pela Espanha, ele se apresentou à Justiça do país e assegurou que "voltará a fazer o mesmo".
(Com informações da AFP)
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