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Brexit

OCDE defende anulação do Brexit

A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considerou, nesta terça-feira (17), que uma possível anulação do Brexit teria um impacto econômico muito "positivo". Mas o governo britânico respondeu imediatamente que "não haverá um segundo referendo".

Manifestante contrário ao Brexit protesta em Londres.
Manifestante contrário ao Brexit protesta em Londres. ©Tolga Akmen/AFP
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A organização explicou, em um informe voltado para o Reino Unido, que sua saída da União Europeia alimenta a incerteza e reduz os investimentos, o que ameaça o crescimento econômico. Assim, "se o Brexit fosse anulado por uma decisão política (uma mudança de maioria, um novo referendo etc), o impacto positivo para a economia seria muito importante", afirmou o organismo.

O governo conservador britânico respondeu rapidamente que o Reino Unido não iria voltar atrás em sua decisão de deixar a UE, após o referendo de 23 de junho. "Deixamos a UE e não haverá um segundo voto", garantiu um porta-voz do governo em um comunicado divulgado poucos minutos após a publicação do informe.

Apesar de costumar manter uma postura bem mais prudente, a OCDE subiu o tom sobre as perspectivas econômicas britânicas, a menos de um ano e meio do Brexit, previsto para o fim de março de 2019. "O Reino Unido tem que encarar tempos difíceis, o Brexit implica em sérias incertezas econômicas que poderiam asfixiar o crescimento durante os próximos anos", advertiu o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, ao apresentar o informe em Londres.

Essa incerteza faz algumas empresas pensarem duas vezes antes de investir no país, ou até deslocarem suas atividades para fora do Reino Unido. Segundo a OCDE, se acontecer um "Brexit desordenado", sem acordos sobre as trocas comerciais, haveria consequências a médio prazo nas perspectivas de crescimento.

Por ora, contudo, as previsões da OCDE continuam as mesmas anunciadas em junho e setembro – uma alta de Produto Interno Bruto (PIB) de 1,6% em 2017 e de apenas 1,0% em 2018.

(Com informações da AFP)

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