Frio intenso de até -33°C já matou 46 pessoas na Europa
A onda de frio intenso que atinge a Europa deixou ao menos 46 mortos, aponta novo balanço divulgado na manhã desta terça-feira (10). A grande maioria das vítimas, quase 30 pessoas, foi registrada na Polônia, onde algumas regiões continuam a sofrer com temperaturas de até - 20°C.
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Além da Polônia, as mortes por hiportemia, principalmente de sem-teto, também ocorreram na República Tcheca, Itália e Macedônia. A onda de frio procedente da Escandinávia atingiu o continente no final da semana passada, provocando acidentes de trânsito.
Na França, quatro portugueses morreram e outros 20 ficaram feridos quando o ônibus em que viajavam deslizou na pista e capotou no domingo (8). O acidente foi provocado pela formação de placas de gelo no asfalto, em virtude das baixas temperaturas. O inquérito busca esclarecer se houve imprudência do motorista, mas a via é chamada na região de "estrada da morte".
Na Turquia, a neve, que cobriu Istambul ontem pelo terceiro dia consecutivo, provocou novamente o cancelamento de centenas de voos, bloqueando milhares de passageiros, inclusive brasileiros.
Migrantes dormem na rua por medo de deportação
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou na segunda-feira (9) a situação preocupante de milhares de migrantes e refugiados que estão bloqueados nas ilhas gregas e nos países do Bálcãs, vivendo em condições precárias, agravadas pelo frio intenso. A MSF acusa a "negligência cínica" das políticas de países europeus que foram incapazes de se preparar para o inverno e acolher homens e mulheres que buscam proteção na Europa.
Segundo a MSF, 7.500 migrantes sofrem com a onda de frio glacial nos Bálcãs, onde as temperaturas no fim de semana caíram a -28°C na Macedônia e a -33°C na Sérvia. Os migrantes evitam pedir abrigo nos centros oficiais, com medo de serem enviados pelas autoridades a seus países de origem.
De acordo com as previsões meteorológicas, as temperaturas serão mais clementes nos próximos dias na Europa Ocidental e nos Bálcãs, mas na Polônia ainda devem ficar bem abaixo de zero.
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