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Sobreviventes relatam na Grécia naufrágio que teria deixado 500 mortos

O naufrágio de uma embarcação de migrantes teria feito cerca de 500 vítimas, que partiram da Líbia em direção à Itália. A tragédia foi confirmada por 41 sobreviventes, que foram resgatados no mar Mediterrâneo por um barco filipino e, em seguida, levados para Kalamata, no sudoeste da Grécia.

Sobreviventes contaram que houve um naufrágio
Sobreviventes contaram que houve um naufrágio Reuters
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Charlotte Stievenard, correspondente da RFI em Kalamata

Os sobreviventes são africanos, em sua maioria somalis, mas também etíopes, egípcios e sudaneses. Há algumas mulheres e uma criança de 3 anos. Giorgos Kyritsis, chefe do órgão de gestão da crise migratória na Grécia, diz que as autoridades gregas "não sabem se houve realmente o desastre."

"Os 41 refugiados teriam partido da Líbia por volta do dia 13 de Abril. Eles deveriam alcançar um barco maior no mar Mediterrâneo, porém, após o naufrágio, teriam ficado à deriva até ser resgatados por um navio a 120 milhas de Kalamata. Foi isso que eles relataram às autoridades portuárias ", disse Kyritsis.

De acordo com a guarda costeira grega, o barco filipino resgatou os refugiados a 95 milhas de Pilos, um porto a oeste de Kalamata.

Náufragos foram abrigados em centro esportivo

Em Kalamata, os náufragos foram abrigados no domingo (17) no centro esportivo da cidade e registrados pela polícia. Eles receberam documentos temporários de um a seis meses.

Depois de quatro dias nessa pequena cidade do Peloponeso, os sobreviventes foram levados de ônibus para Atenas, onde estão atualmente alojados em dois hotéis, com financiamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. "Uma medida excepcional", diz a organização, que tem um programa de acolhimento normalmente destinado a candidatos à realocação.

Os refugiados foram informados sobre os seus direitos de pedir asilo na Grécia. Mas eles querem continuar a sua viagem à Itália. Após a chegada à Grécia e apesar do choque do acidente, eles inicialmente se recusaram a desembarcar. Um migrante egípcio disse ontem que preferia voltar para casa do que ficar na Grécia.

"De manhã, quando acordamos e vimos a Grécia, perguntamos ao comandante 'por que você nos trouxe aqui?'", contou Muhidiin Waash Ali Hussein, um etíope de 25 anos. Depois de perder sua esposa e filha, ele quer ir para o Canadá.

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