Refugiados sírios embarcam em ferry na ilha grega de Kos
Centenas de migrantes sírios, refugiados em Kos, começaram a embarcar neste domingo (16) no ferry fretado pelo governo grego para acalmar as tensões na região. Situada a apenas quatro quilômetros da costa turca, a pequena ilha foi invadida por migrantes de várias nacionalidades, que entram na União Europeia fugindo da guerra na Síria, mas também dos conflitos e da pobreza no Afeganistão, Paquistão, Iraque, Somália e Eritréia.
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O ferry Eleftherinos Venizelos atracou em Kos na sexta-feira (14), mas o embarque foi adiado em mais de um dia para evitar tumultos no porto. O acesso ao barco, que tem capacidade para receber até 2500 pessoas, está sendo efetuado em grupos de 20 migrantes.
O governo grego decidiu enviar o ferry numa tentativa de aliviar as autoridades locais, que não estavam mais dando conta dos pedidos de ajuda dos milhares de migrantes que atravessaram a pequena faixa do mar Egeu que separa o território turco de Kos. No entanto, apenas os sírios são considerados oficialmente refugiados, o que lhes concede o direito de embarcar no Eleftherinos Venizelos para dar entrada nos trâmites administrativos. A distinção é fonte de tensões entre os imigrantes. No sábado (15), cerca de 50 homens vindos de Afeganistão, Paquistão e Irã se enfrentaram diante de uma delegacia da ilha.
A maioria dos refugiados sírios permanecem em Kos à espera de poder viajar a Atenas. "Esperamos que o procedimento será agora mais fácil. Só queremos ser registrados para poder ir para a capital", disse Mohamad, um sírio procedente de Alepo, que não quis revelar seu sobrenome. Em sinal de protesto, cerca de 20 iraquianos exigiram, na entrada do porto, o registro rápido na embarcação enviada pelo governo.
Grécia é porta de entrada de metade dos migrantes
Segundo as estatísticas da Organização Internacional para a Migração (OIM), cerca de 250 mil pessoas se aventuraram no Mediterrâneo para entrar ilegalmente na Europa este ano. A Grécia foi a porta de entrada para a metade deles e o fluxo tem aumentado durante o verão no hemisfério norte, quando as águas estão mais calmas e a travessia é menos arriscada.
(Com informações da AFP)
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