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Mediterrâneo/Migrantes

Mais de mil migrantes são resgatados no fim de semana no Mediterrâneo

Mais de mil migrantes a bordo de embarcações precárias foram resgatados durante o fim de semana em várias operações no Mar Mediterrâneo, segundo informou a guarda costeira italiana. Apenas no domingo (9), foram realizadas cinco operações de salvamento coordenadas pelo centro operacional de Roma, que permitiram salvar 671 pessoas, entre elas 48 menores.

Grupo de migrantes sírios após desembarcarem na Ilha de Kos
Grupo de migrantes sírios após desembarcarem na Ilha de Kos REUTERS/Yannis Behrakis
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Quatro embarcações eram botes infláveis superlotados, separados a poucas milhas de distância uns dos outros, e que ameaçavam naufragar. O último era um barco, que estava prestes a ir a pique 137 milhas a leste de Passero, no sudeste da Sicília.

Um navio croata, o SB72 Mohorovicic, envolvido no dispositivo europeu Triton, destinado a ajudar a Itália a controlar suas fronteiras marítimas, foi desviado de sua rota e enviado à região onde estava a embarcação em dificuldades. Os navios italiano e croata se dirigiram aos portos sicilianos de Pozzallo e Augusta com os migrantes resgatados.

No sábado (9), mais de 400 barcos foram interceptados, principalmente em frente à costa líbia, em várias operações, das quais também participou a organização Médicos Sem Fronteiras.

Segundo o último balanço do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), 224 mil migrantes chegaram à Europa pelo Mediterrâneo desde janeiro, enquanto outros 2,1 mil morreram na travessia. A contagem, publicada na quinta-feira (6), não incluiu o último naufrágio de quarta-feira em frente à costa da Líbia.

Prisão de suspeitos de traficar pessoas

A polícia italiana anunciou na sexta-feira (7) a detenção em Palermo, na ilha da Sicília, de cinco supostos traficantes de pessoas. Eles são acusados de ter organizado a viagem do barco que naufragou na costa da Líbia na quarta-feira e que provocou a morte de cerca de 200 migrantes. Os detidos são dois argelinos, dois líbios e um tunisiano, com idades entre 21 e 24 anos. Eles foram identificados por alguns dos 360 sobreviventes que chegaram na quinta-feira (6) a Palermo.

De acordo com testemunhos dos sobreviventes, um dos supostos traficantes era o capitão do barco naufragado, enquanto os outros eram encarregados de evitar que os passageiros se movessem, inclusive por meio de violência.

Esses homens podem ser acusados de homicídio com circunstâncias agravantes e de ajuda à imigração clandestina. A polícia suspeita que eles transportavam cerca de 650 pessoas, que pagaram, cada uma, entre US$ 1.200 e US$ 1.800 para chegar à Europa.

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