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Itália/Máfia

Polícia italiana lança mega operação contra máfia

As autoridades italianas lançaram nessa sexta-feira, 26 de julho, uma importante operação contra a máfia em Roma e na região da Calábria. Cerca de 100 pessoas envolvidas em casos de extorsão de comerciantes e tráfico de drogas foram detidas. Empresários, advogados e até mesmo um senador do partido de Silvio Berlusconi eram visados. Pelo menos 500 policiais participaram das buscas. 

Cerca de 500 policiais participaram da operação contra a máfia italiana.
Cerca de 500 policiais participaram da operação contra a máfia italiana. REUTERS/Alessandro Garofalo
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Batizada de “nova madrugada”, a primeira operação tinha como alvo um grupo de 51 pessoas que pilotavam “atividades ilícitas” na região da capital. A polícia afirma ter detido os principais nomes do crime romano, mas também siciliano. “A organização era composta de duas grandes famílias mafiosas, os Fasciani e os Triassi, que são ligadas a Cosa Nostra, a máfia siciliana”, explicou o chefe das operações, Renato Cortese.

Por meio de grampos telefônicos, os investigadores conseguiram saber como os membros dos dois clãs repartiam as zonas de ação entre si. “Enquanto os Fasciani obrigavam os comerciantes a pagar o “pizzo” (taxas extorquidas pela máfia), os Triassi tinham o monopólio do tráfico de drogas e de armas”, relatou o procurador Giuseppe Pignatone. Os empresários que se recusavam a dar dinheiro aos grupos eram alvo de violentas represálias.

A segunda operação visava 65 pessoas na região de Catanzaro, na Calábria. De acordo com o porta-voz da polícia, Mario Viola, advogados, políticos, empresários, médicos e funcionários de penitenciárias faziam parte do grupo. Piero Aiello, senador do PDL, o partido do ex-chefe do governo italiano Silvio Berlusconi, era um dos suspeitos de envolvimento nas atividades ilícitas, acusado de ter comprado votos nas eleições com a ajuda da máfia.

Além dos casos de extorsão de comerciantes e envolvimento no tráfico de drogas e de armas, alguns presos também são apontados como responsáveis por homicídios cometidos entre 2005 e 2011 durante a guerra interna entre os grupos mafiosos do país. A Calábria é o berço da Ndrangheta, um das quatro principais organizações criminosas italianas, ao lado da Cosa Nostra, na Sicília, da Camorra, em Nápoles, e a Sacra Corona Unita, na região da Puglia.

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