Acordo sobre dívida grega desbloqueia ajuda ao país
A Grécia pode respirar mais aliviada. O país vai receber a parcela de ajuda esperada desde junho após o acordo concluído ontem à noite em Bruxelas depois de intensas negociações entre os ministros das Finanças da zona do euro e o FMI.
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O acordo sobre a dívida grega saiu de madrugada, após uma maratona de trezes horas de intensas discussões. Os ministros das Finanças dos 17 países da zona do euro e representantes do FMI concordaram que a Grécia reduza sua dívida para 124% do PIB até 2020. O FMI insistia em 120% no máximo. A diferença representa um alívio de 40 bilhões de euros, de acordo com uma fonte europeia.
Se o governo grego não tivesse feito novas reformas a dívida atingiria 144%, e seria insustentável, segundo o Fundo Monetário Internacional. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, explicou que o Fundo queria garantias de que Grécia estivesse no bom caminho para diminuir sua dívida colossal. Lagarde também elogiou o compromisso dos europeus de ir além e reduzir a dívida grega para 110% em 2022.
Com o acordo, Atenas receberá enfim a ajuda financeira suspensa desde junho. Os ministros decidiram desbloquear um total de 43,7 bilhões de euros e a primeira parcela, de um pouco mais de 34 bilhões, será depositada no dia 13 de dezembro. O restante será dividido em outras três parcelas que serão depositadas no primeiro trimestre do ano que vem.
O primeiro-ministro grego Antonis Samaras comemorou a decisão e disse que o acordo é resultado da luta de todo o povo grego e que nesta terça-feira começa uma nova fase para todo o país. Em comunicado, o presidente francês François Hollande, felicitou o Eurogrupo e o FMI e disse que o acordo vai dar novas perspectivas a outros parceiros europeus.
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