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Grã-Bretanha/Wikileaks

Justiça britânica autoriza extradição de Julian Assange para a Suécia

O Tribunal de Londres aceitou o pedido da Suécia de extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, acusado de crimes sexuais contra duas jovens suecas. Os advogados do australiano fundador do site Wikileaks já anunciaram que vão recorrer da decisão.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, será extraditado para a Suécia.
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, será extraditado para a Suécia. REUTERS/Stefan Wermuth
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Em uma breve audiência, o juiz britânico Howard Riddle anunciou que ordenava a extradição de Julian Assange para a Suécia. A decisão foi tomada após a Suécia ter emitido um mandado de prisão europeu para que a justiça do país pudesse ouvir o testemunho do australiano de 39 anos que é acusado de cometer crimes sexuais envolvendo duas jovens suecas em agosto do ano passado.

O fundador do site Wikileaks nega as acusações de agressão sexual e estupro. Ao responder favoravelmente ao mandado emitido pela Suécia, o juiz britânico considera que fez valer o “respeito mútuo e a confiança do tribunal (britânico) em relação a outros tribunais europeus”.

Os advogados de Assange consideram que o pedido de extradição é um abuso de direito e defendem que a justiça sueca possa ouvir Assange sem a necessidade de extraditá-lo. Eles também lembraram que, diante da lei britânica, a agressão sexual não é um delito.

Já na Suécia, o estupro tem uma definição mais extensa do que em outros países, o que faz com que a justiça sueca tenha em seus registros o recorde europeu de queixas por agressões sexuais.

No seu despacho, o juiz britânico considerou que o australiano teve deliberadamente uma relação sexual com uma das suecas aproveitando-se do fato de que a jovem estava dormindo, o que segundo a lei sueca, ficasse caracterizado o estupro.

Apelo

Logo após o anúncio do tribunal, os advogados de Julian Assange informaram que vão recorrer da decisão.  O prazo para recorrer é de 10 dias, quando deverá ser realizada uma nova audiência. A defesa do australiano considera que existe um "risco real” de que uma vez extraditado para a Suécia, Assange seja encaminhado aos Estados Unidos e enviado para a base militar e Guantânamo ou mesmo condenado à prisão perpétua.

O fundador do site Wikileaks, que ganhou ainda mais notoriedade após a divulgação de documentos secretos da diplomacia americana, foi detido em dezembro em Londres. Ele foi liberado pouco tempo depois após o pagamento de fiança. Desde então, Assange vive na casa de um amigo no interior da Inglaterra.

 

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