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Roland Garros: Bruno Soares e Bia Haddad Maia vencem em estreia nas duplas mistas

Foi com pé direito a estreia da dupla brasileira Beatriz Haddad Maia e Bruno Soares no torneio de tênis de Roland Garros. Nesta quinta-feira (26), a dupla passou pela chinesa Shuai Zhang e o francês Nicolas Mahut, considerados favoritos. A vitória foi decidida no tie break.

Bruno e Beatriz durante a estreia no torneio de Roland Garros.
Bruno e Beatriz durante a estreia no torneio de Roland Garros. © Pierre-René Worms
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Foram oito anos de espera para Beatriz e Bruno conseguirem dividir a mesma quadra como uma dupla competidora. Os percalços de Bia na carreira, principalmente com lesões, foram um dos principais motivos que retardaram a concretização desse objetivo, para ambos, de formar uma dupla 100% brasileira em quadra.

“Tem muito tempo que estou nesta jornada e isso era o que eu sempre quis, dividir a quadra com um brasileiro. Formar uma dupla totalmente brasileira é muito legal”, diz Bruno.

“Foi uma experiência diferente. Os adversários eram muito experientes e favoritos. A gente entendeu o que estava rolando. O Bruno me deixou muito à vontade desde o começo. Foi um bom entrosamento”, avalia Bia na entrevista de ambos à RFI após a partida.

Bia e Bruno tiveram um imenso desafio logo na estreia, enfrentando nada menos que os cabeças-de-chave número 1 do torneio. Apesar do favoritismo dos adversários, a dupla brasileira não se intimidou e venceu o primeiro set por 6/4. O mesmo placar foi devolvido por Zhang e Mahut no set seguinte. No tie break, Bia e Bruno tiveram várias chances de liquidar a partida, mas conseguiram parar uma reação dos adversários a tempo e fecharam a partida com 10-8.  

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Beatriz Haddad Maia sobre vitória e parceria com Bruno Soares

Foi a primeira experiência de dois tenistas brasileiros que estão em fases distintas na carreira. Bia, 25 anos, está entre as 50 melhores tenistas da atualidade no ranking individual, enquanto Bruno, 40 anos, já experiente no circuito, confessa estar disputando seus últimos Grand Slams na carreira.  

"É uma honra e um privilégio compartilhar a quadra com o Bruno. A gente tem momentos diferentes, o que é legal para mim. Aprendo vendo o que ele pensa e percebe durante o jogo”, confessa Bia, elogiando a postura do parceiro. “Consegui me soltar e desfrutar no início do jogo, pois estava bastante nervosa. Feliz pelo desempenho, fizemos uma primeira rodada sólida”, avaliou no final da partida.

Bruno admite que a dupla conseguiu superar o primeiro desafio, que é o entrosamento logo na estreia. “Por mais que a Bia já me viu jogar várias vezes e eu a vi jogar, leva um tempinho para você entender as jogadas favoritas, o posicionamento, o que ela mais gosta de fazer, e vice-versa. Eu acho que a gente fez esse ajuste bem rápido”, diz ele.

Bruno Soares e Beatriz Haddad Maia jogaram pela primeira vez como dupla mista.
Bruno Soares e Beatriz Haddad Maia jogaram pela primeira vez como dupla mista. © Pierre-René Worms/RFI

Empenho para chegar à final

Um dos motivos desse entrosamento pode vir do fato de uma cumplicidade também fora das quadras. “Fora da quadra a gente se dá super bem. Me identifico com ele, com os valores, a forma como enxerga a vida. Ele tem muito a me ensinar, sou uma pessoa mais ansiosa e tensa. Mas nossa comunicação é bem legal”, conta Bia, que no mesmo dia também disputou e venceu na estreia do torneio de dupla feminina ao lado da cazaque Anna Danilina.   

Para o mineiro, a tranquilidade da dupla no tie break foi decisiva para superar os adversários. “Não nos deixamos abalar com a perda do segundo set e voltamos para o tie break super firmes. Essa foi a nossa vantagem”, avalia.

Na próxima rodada, Bia e Bruno vão pegar uma outra pauleira, a dupla formada pela indiana Sania Mirzia e o croata Ivan Dodig, já vencedores de Grand Slams.

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Bruno Soares sobre parceria com Bia Haddad Maia

Apesar de disputar no saibro parisiense também o torneio de duplas com o britânico Jamie Murray, com quem já faturou muitos títulos na carreira, incluindo de Grand Slam, Bruno diz ter preferência de erguer o troféu com Bia no torneio de dupla mista. “Caneco 100% brasileiro é sempre mais legal. Para o tênis brasileiro seria algo muito, muito bacana. A gente já teve uma honra de ser campeão de Grand Slam, mas com uma dupla 100% brasileira seria algo muito legal”, conclui.

(Com colaboração de Marco Martins)

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