Maradona reafirma apoio a Maduro, discute com Capriles e é criticado por Kempes
O ex-jogador argentino Diego Maradona reafirmou nesta quinta-feira (10) seu apoio a Nicolas Maduro e classificou o dirigente opositor Henrique Capriles de traidor. O rival de Maduro criticou as posicoes do ex-craque argentino em relação ao presidente venezuelano.
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"Capriles, comigo não dê uma de vítima. Eu sei muito bem o que é viver com sete irmãos e não ter nada para comer", escreveu em sua conta no Facebook junto a uma foto da casa simples em que passou sua infância em Villa Fiorito, bairro pobre do sul de Buenos Aires.
Maradona enviou na terça-feira (8) uma mensagem de apoio a Maduro, na qual se oferecia como "soldado" da revolução bolivariana. "Somos chavistas até a morte. E quando Maduro ordenar, estou vestido de soldado por uma Venezuela livre, para lutar contra o imperialismo e os que desejam se apoderar de nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos", escreveu Maradona no Facebook.
Convite ao ex-craque
Capriles reagiu em uma entrevista à rádio Mitre, de Buenos Aires. "Se Maradona quiser vir, eu pessoalmente vou buscá-lo no aeroporto e o levo para que veja a situação da Venezuela", afirmou um dos principais dirigentes da Mesa da Unidade Democrática.
"Perguntaria a esse gente que se diz de esquerda, que se diz progressista, que dizem defender Maduro, se eles vivem com US$ 15 por mês. Se for assim, que o continuem defendo", afirmou.
Maradona prosseguiu com a polêmica. "Seria bom se tivéssemos esses US$ 15!!! A diferença entre você e eu é que eu nunca me vendi. #Viva Maduro!!!", atacou o argentino.
Kempes também toma partido
O presidente Maduro também foi criticado pelo ex-companheiro de seleção de Maradona e hoje comentarista Mario Kempes. "@DiegoMaradona como você pode apoiar a morte de 124 jovens, por defenderem a liberdade e democracia de seu país! NÃO À DITADURA!", escreveu no twitter o ex-jogador de 63 anos.
A Venezuela atravessa uma aguda crise política, econômica e social com enfrentamentos entre forças de segurança e milícias pró-governo, de um lado, e a oposição, do outro, que deixaram 125 mortos em uma situação de violência que provocou repúdio internacional.
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