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Rugby/Mundial

All Blacks são os "brasileiros" do rugby, diz treinador da França

Depois de uma derrota humilhante para a Nova Zelândia, de 62 a 13 nas quartas de final do campeonato mundial de Rugby, o treinador da França, Philippe Saint-André comparou os "All Blacks" à seleção brasileira de futebol. O resultado do jogo deste sábado no estádio Millennium de Cardiff, na Inglaterra, foi considerado o pior da história do rugby francês.

Os jogadores da Nova Zelândia, conhecidos como "All Blacks".
Os jogadores da Nova Zelândia, conhecidos como "All Blacks". Foto: Reuters
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A comparação parece exagerada, mas foi a maneira encontrada pelo treinador da seleção francesa para tentar explicar a superioridade técnica dos neozelandeses, que resultou em um placar elástico e surpreendente. Poucos, de fato, apostavam em uma vitória da equipe francesa, mas tinham esperanças de ver uma equipe capaz de lutar até o fim e tentar surpreender os atuais campeões mundiais.

Os "All Blacks", como são conhecidos os jogadores da Nova Zelândia, mostraram mais uma vez diante dos franceses porque são os candidatos favoritos a um novo título e manter o troféu de campeões mundiais.

Com apenas 4,5 milhões de habitantes, a Nova Zelândia não pode ser comparada, em termos de população, ao gigante da América do Sul, que contabiliza mais de 200 milhões de moradores. No entanto, no rugby, o país exibe um histórico que orgulha os torcedores, como o futebol para os brasileiros. Em sete edições do Mundial de Rugby, os "All Blacks" foram campeões em duas (1987 e 2011), vice-campeões em 1995 e terceiros colocados em 1991 e 2003.

Além disso, os neozelandeses venceram 13 das 20 edições do Rugby Championship, o Campeonato do Hemisfério Sul, do qual participam Austrália e África do Sul e, desde 2012, a Argentina.

No futebol, o Brasil é a seleção com o maior número de títulos mundiais, cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). A comparação também faz referência a verdadeiros “craques” em campo. No caso da Nova Zelândia com wings habilidosos como Julian Savea e Nehe Milner-Skudder, um dos destaques da partida de sábado. Autor de uma corrida espetacular, Milner-Skudder levou ao delírio os torcedores do Millenniun ao fazer o segundo "try" da equipe, lance em que o jogador coloca a bola na área de pontuação da equipe adversária.

Derrota histórica

Com nove "tries", a Nova Zelândia registrou a maior diferença de pontos (49) em uma partida das quartas de final de um Mundial de Rugby. Julian Savea, autor de três "tries" contra a França, disse após a partida ter se sentido orgulhoso de toda a equipe. "Toda a equipe mostrou um grande nível contra a França. Estou muito orgulhoso de meus companheiros desde o apito inicial até o final", declarou.

Apesar da constatação de que a Nova Zelândia jogou uma das melhores partidas dos últimos anos, o comando técnico controla a euforia, porque a seleção ainda terá pela frente a África do Sul, nas semifinais, antes de chegar à final.

O francês Bernard le Roux não consegue deter o neozelandês Joe Moody.
O francês Bernard le Roux não consegue deter o neozelandês Joe Moody. Reuters / Toby Melville

Já para a França, o resultado deve provocar uma imensa reformulação no esporte. Antes mesmo da saída do gramado, as críticas eram severas sobre o trabalho do treinador Philippe Saint-André, que assumiu toda a responsabilidade pela derrota humilhante. Ele deixa o cargo com um dos maiores fracassos da história do rugby francês: 20 vitória, 23 derrotas e 2 empates.

“Como treinador, certamente é mais que difícil”, disse Philippe Saint-André em uma coletiva de imprensa. “Apesar de tudo, quero agradecer o comando técnico e os jogadores que desde o dia 5 de julho trabalharam como loucos. Hoje foi o último jogo para alguns dos atletas que contribuíram muito para o rugby francês. E há uma nova geração que aprendeu muito e vai celebrar muitas vitórias com a seleção”, afirmou.

Para resumir o que representou a derrota para o país, o jornal esportivo francês L'Équipe estampou em sua manchete "O desastre".
 

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