Valcke se defende das suspeitas de corrupção na Fifa
Em entrevista exclusiva à rádio France Info, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke se defendeu da acusação de corrupção feita pela Justiça americana. Ele é suspeito de repassar US$ 10 milhões ao ex-vice presidente da entidade, Jack Warner. O dinheiro seria propina para atribuição da Copa de 2010 à África do Sul.
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Logo depois que o New York Times publicou a acusação na segunda-feira, Valcke emitiu uma nota negando ter autorizado a transação. Danny Jordan, responsável pela candidatura sul-africana na época, garantiu que o dinheiro seria uma ajuda para o desenvolvimento do esporte no Caribe. Agora, Valcke assume ter intermediado o repasse, mas nega responsabilidade sobre o destino do dinheiro.
“Em uma história na qual a Fifa não perdeu nada - já que o dinheiro não era da Fifa e foi destinado a terceiros -, eu não vejo qual é minha participação nessa história de corrupção. Eu fui nomeado secretário-geral da Fifa em 2007 e a história data de março de 2008”, afirmou. “Eu tinha acabado de ser nomeado e já haviam se passado quatro anos da atribuição da Copa à África do Sul. Ou seja, eu não compreendo o raciocínio, onde e como se explica o fato de eu estar implicado numa história de corrupção”, declarou.
Intermediário
Valcke ressaltou que “a Fifa não é nem responsável por uma decisão tomada por terceiros” e também não pode ser responsabilizada pela gestão executada por Jack Warner. “Nós fomos simplesmente o intermediário para efetuar um depósito que foi validado pela Comissão de Finanças da Fifa, pelo presidente da Comissão de Finanças da Fifa.”
O escândalo se aproximou perigosamente da França ontem, quando a justiça americana divulgou o conteúdo de uma audiência de 2013, em que o ex-número dois da Fifa, Chuck Blazer, confessa ter recebido propinas para escolher as sedes de 2010 e 98. Apesar de ter ganho a concorrência para o Mundial de 1998, a França ainda não está diretamente implicada.
Blazer afirmou que presenciou o momento em que outro membro do esquema aceitou propinas do Marrocos, que concorria com a França. Os franceses venceram a disputa por 12 votos, contra sete dos marroquinos.
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