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Fifa/Escândalo

Presos no escândalo da Fifa não podem se comunicar entre si

O Ministério da Justiça da Suíça informou nesta quinta-feira (28) à RFI que os sete presos envolvidos no esquema de corrupção da Fifa estão em diferentes locais na região de Zurique e não têm nenhuma possibilidade de se comunicar entre si. Todos os presos contestaram a extradição aos Estados Unidos para evitar responder ao processo no país.

Oito dos nove dirigentes da Fifa indiciados nos Estados Unidos pelo esquema de corrupção na entidade.
Oito dos nove dirigentes da Fifa indiciados nos Estados Unidos pelo esquema de corrupção na entidade. REUTERS/Staff/Files TPX IMAGES OF THE DAY
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Luciana Marques, em colaboração especial para RFI

Os Estados Unidos têm até 40 dias para formalizar o pedido de extradição à Suíça, de acordo com o tratado entre os dois países. Devido aos trâmites na justiça suíça, a decisão sobre a extradição pode levar vários anos, principalmente depois que os acusados contestarem oficialmente o pedido. Caso semelhante aconteceu com o cineasta franco-polonês Roman Polanski, também preso em Zurique a pedido da justiça americana. Os Estados Unidos tentaram extraditá-lo para responder a um processo de abuso sexual contra menor, mas a justiça suíça negou o pedido.

As acusações contra os dirigentes da Fifa, detidos ontem (27) em um hotel de Zurique, envolvem negociações das confederações Conmebol e Concacaf, além de empresas de materiais esportivos, marketing e direitos de transmissão dos jogos de várias competições. As prisões foram pedidas pelo FBI, após uma longa investigação sobre os esquemas de corrupção na entidade.

Entre os detidos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, de 83 anos. Em comunicado, a Confederação Brasileira de Futebol informou que afastou Marin do quadro diretivo de entidade até a conclusão do processo.

Suspeita de envolvimento da Nike

Entre os elementos levantados, a justiça americana afirma que, em 1996, uma empresa multinacional pagou US$ 160 milhões por um período de 10 anos para se tornar a marca esportiva exclusiva da seleção brasileira de futebol. Um documento obtido pelo FBI se refere a um pagamento, fora do contrato, de US$ 40 milhões, em uma conta na Suíça, para um representante comercial da equipe do Brasil. Tudo indica que a empresa em questão é a Nike.

Além de José Maria Marin, dois outros brasileiros também estão na mira da justiça americana: José Hawilla, do grupo Traffic, e José Lázaro, suspeito de intermediar pagamentos de subornos.

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