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Brasil/Copa

Vitória na estreia trouxe alívio para o Brasil e revolta para a Croácia

Os jogadores da seleção brasileira saíram visivelmente aliviados da Arena Corinthians após a estreia vitoriosa de 3 a 1 contra a Croácia no jogo de abertura da Copa, resultado que traz mais tranquilidade e diminui a pressão sobre a equipe de Felipe Scolari. Os croatas deixaram o estádio profundamente revoltados com a arbitragem. Eles consideraram o pênalti que marcou a virada do Brasil “uma vergonha” para a FIFA.

Jogo de abertura da Copa entre Brasil e Croácia.
Jogo de abertura da Copa entre Brasil e Croácia. REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Élcio Ramalho, enviado especial da RFI a São Paulo

Primeiro brasileiro a falar com os jornalistas, o goleiro Júlio Cesar resumiu o sentimento dos jogadores após o apito final: “O Brasil se comportou bem, em nenhum momento se desesperou. O apoio da torcida também foi fundamental para que a gente pudesse expressar o nosso melhor futebol. Agora acabou. Acabou a ansiedade, a tensão e agora estamos vivendo clima de Copa do Mundo”, avaliou o goleiro brasileiro.

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Podcast: Alívio dos brasileiros, revolta dos croatas

O capitão Thiago Silva destacou sobretudo a capacidade do grupo de superar o momento ruim da partida, quando a seleção esteve atrás do placar e teve tranquilidade para virar o jogo. “Acho que foi uma das melhores coisas que aconteceu. A partir do momento que tomamos o gol, nós crescemos no jogo. Não perdemos a concentração, como normalmente acontece”, disse.

Thiago, de 27 anos, destacou o comportamento de Neymar na partida. "Apesar da pouca idade, a rapaziada manteve a tranquilidade, uma personalidade incrível. Você vê o Neymar com 22 anos chamando a responsabilidade para si, só coisa de brasileiro mesmo", afirmou.

Neymar diz ter sentido "frio na barriga"

Muito assediado pela imprensa ao final da partida, Neymar, escolhido o melhor jogador da FIFA na partida de estreia do Mundial, reconheceu que o jogo foi complicado e teve que superar a tensão e a pressão pela vitória a todo custo.

"A estreia sempre é muito complicada, tem o estresse e tudo mais. Eles acabaram tendo a sorte de marcar um gol, mas a gente manteve a calma. Claro que deu aquele frio na barriga, mas tivemos tranquilidade e deu tudo certo", disse.

O atacante, que já começou a Copa como artilheiro da competição com os dois gols marcados, descartou mais uma vez querer ser o protagonista da competição. "Não é uma coisa que eu esteja preocupado, de ser artilheiro, de ser o melhor. Troco qualquer título pelo de campeão", insistiu.

Gol contra não abateu Marcelo

Autor do gol contra que abriu o placar para a Croácia aos 11 minutos de jogo, o lateral esquerdo Marcelo disse que o lance foi "normal" e não se abateu em campo. Marcelo elogiou o apoio da torcida.

"Não me abati, é um coisa normal que acontece no jogo. A torcida me apoiou e, depois, dei tudo de mim. Reagi normal, como se a gente tivesse levado um gol, mas não fiquei com isso na cabeça, de que iam me matar", afirmou

Croácia indignada por "jogar contra 12"

Alívio dos jogadores brasileiros contrastou com a revolta dos croatas que criticaram duramente a arbitragem do japonês Yuichi Nishimura, que marcou um pênalti duvidoso em Fred e depois convertido por Neymar, o que garantiu a virada da seleção.

O zagueiro Dejan Lovren era um dos mais indignados. "Falamos muito de respeito aqui e não foi o que vi hoje. Nós tivemos um monte de reuniões com juízes antes da Copa. É uma vergonha para pessoas que tomaram esse tipo de decisão", lamentou.

"Nós jogamos bem, mas o que você pode fazer contra doze jogadores? Nada. Estou triste porque fizemos um bom jogo. Esse juiz não cometeu um erro, foi na verdade um escândalo. Ele não pode apitar mais jogos da Copa", sugeriu.

Mais contido, o meia Ratikic criticou a não expulsão de Neymar, que levou um cartão amarelo após ter agredido um jogador adversário. Mas reconheceu que é difícil jogar com o Brasil, que tem tantos craques em campo capazes de decidir uma partida, como Neymar.

"Temos de analisar nossos erros e ver como podemos jogar melhor", afirmou. "Pelo que mostramos hoje com o Brasil, podemos acreditar na classificação", concluiu.

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