COI volta atrás e diz que Rio pode fazer Olimpíadas 'excelentes'
O vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates, voltou atrás em suas críticas às Olimpíadas no Rio de Janeiro. Coates afirmou nesta quinta-feira (1) acreditar que "o povo brasileiro e o comitê olímpico local são capazes, naturalmente, de realizar excelentes Jogos em 2016".
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O vice-presidente do COI explica que mudou de opinião em dois dias, depois de conversar por telefone com o diretor-executivo do órgão, Gilbert Felli, que inspecionou as obras no Rio na semana passada.
Felli teria dado uma visão mais positiva dos progressos realizados nas obras e do apoio da organização local. "Os atrasos são o maior problema, mas as coisas evoluem na boa direção", declarou o australiano. Coates acrescentou que o comitê carioca está tentando resolver os problemas apontados pelas 17 federações olímpicas reunidas em abril na Turquia.
Atrasos nas obras
Os problemas de má comunicação entre os três níveis de governo e os organizadores resultaram em duras críticas das federações internacionais. O COI anunciou uma série de medidas este mês para acelerar os preparativos, incluindo a contratação de mais monitores e de gerentes de projetos para fiscalizar o andamento das obras, além de ampliar o número de viagens ao Rio do diretor de Jogos Olímpicos da entidade, Gilbert Felli.
Entre os principais problemas está o atraso no início da construção do Complexo de Deodoro, onde serão disputadas oito modalidades. A obra teve licitação lançada somente neste mês. Também preocupam a poluição da baia de Guanabara, onde serão realizadas as provas de vela, e a falta de orçamento para diversos projetos voltados aos Jogos.
Custos já estão acima do previsto
Até o momento o custo das Olimpíadas do Rio chega a 37,5 bilhões de reais, sendo que a previsão de gastos era de 29 bilhões de reais na candidatura da cidade. As autoridades cariocas alegam que não se pode comparar os valores uma vez que houve mudanças de projetos e que as cifras de 2009 precisam ser atualizadas pela inflação.
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