Presidente da F-1 é julgado por corrupção na Alemanha

Começou nesta quinta-feira (24) em Munique, no sul da Alemanha, o julgamento por corrupção do poderoso dirigente da Fórmula 1 Bernie Ecclestone, de 83 anos. Ao comparecer ao tribunal, o bilionário britânico declarou novamente que é inocente. Ele pode ser condenado a até dez anos de prisão.

O dirigente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, em foto de 2009. (Photo : Gareth Watkins/Reuters)

Bernie Ecclestone é acusado de ter pago 44 milhões de dólares de propina em 2006 e 2007 para Gerhard Gribkowsky, um banqueiro alemão que trabalhava para o banco público Bayern LB, a fim de concluir a venda dos direitos da Fórmula 1 ao fundo de investimentos CVC Capital Partners. O valor da transação foi de 839 milhões de dólares.

Se for considerado culpado, Ecclestone pode ser condenado a até dez anos de prisão. "O senhor Ecclestone desmente as acusações", escreveu seu principal advogado, Sven Thomas, em um texto divulgado pouco antes do início do julgamento. "A suposta corrupção não aconteceu."

A defesa recusou um acordo que teria evitado o julgamento. Ecclestone afirma ter sido vítima de chantagem, enquanto o banqueiro alemão declara que foi suborno.

Gribkowsky foi condenado em junho de 2012 a oito anos e meio de prisão por corrupção e fraude fiscal. Ouvido como testemunha durante esse julgamento, Ecclestone reconheceu que havia dado dinheiro ao banqueiro, mas o apresentou como uma forma de "preço do silêncio" para que Gribkowsky não fizesse revelações sobre seu patrimônio ao tesouro britânico.

As audiências acontecerão sempre às quartas e quintas para que o bilionário possa continuar acompanhando as provas da temporada de Fórmula 1 ao redor do mundo. Caso seja condenado, Ecclestone pode perder o cargo de presidente da Formula One Management. Atualmente ele está afastado.