Acessar o conteúdo principal
Mundial de Clubes da Fifa

Atlético Mineiro vai pegar Raja Casablanca na semifinal do Mundial

O time brasileiro vai encarar o Raja Casablanca, na partida que decide uma vaga na decisão da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em Marrakech. Na outra semifinal, o Bayern de Munique jogará contra a surpresa chinesa, o Guangzhou Evergrande.

Guehi, do Raja Casablanca (de branco), foi destaque na partida deste sábado.
Guehi, do Raja Casablanca (de branco), foi destaque na partida deste sábado. REUTERS/Louafi Larbi
Publicidade

Fernando Valeika de Barros, especial para a RFI, enviado a Agadir

Em uma partida muito disputada – e com o Grand Stade de Agadir lotado e efervescente -, o Raja Casablanca, do Marrocos, bateu os mexicanos do Monterrey por 2 a 1, com um gol do marfinense Kouko Guehi, na prorrogação, e se classificou para a semifinal contra o Atlético Mineiro. A torcida da equipe marroquina, considerada uma das mais fanáticas da África, promete não deixar um lugar vago no estádio de Marrakech.

Em Agadir, desde o início do jogo, o Raja Casablanca teve a seu favor o apoio de um décimo-segundo jogador: cerca de 30 mil de seus torcedores ocuparam as arquibancadas do Grand Stade e não pararam de cantar e pular nas arquibancadas, por um só minuto. Graças a este apoio, o time marroquino encontrou forças para equilibrar o jogo contra o Monterrey, considerado favorito, e saiu na frente do marcador.

Aos 34 minutos do primeiro tempo, em um contra-ataque, o atacante Chtbi se aproveitou de um descuido do goleiro mexicano, Orozco, que soltou a bola nos seus pés, em um cruzamento fácil e fez o gol que incendiou o Marrocos por alguns minutos.

Só que o Monterrey é um time muito experiente - joga a sua terceira Copa do Mundo de Clubes da Fifa consecutiva. E tem em seu elenco jogadores badalados, como o chileno Humberto Suazo e os argentinos Neri Cardozo e José Maria Basanta. Foi de uma jogada combinada por dois deles que saiu o gol de empate, aos 8 minutos do segundo tempo. Em uma falta bem cobrada por Suazo, o zagueiro Basanta subiu mais do que a zaga e cabeceou para as redes, sem chances para o goleiro Askri. Sete minutos depois, os mexicanos tiveram uma grande chance para virar o placar, com Cardozo cara-a-cara contra Askri, o goleiro do Casablanca. O chute foi bom, mas a defesa do marroquino foi melhor e manteve o empate. A partida foi então para a prorrogação.

Nesta fase adicional, prevaleceu a força de vontade dos jogadores do Raja, que estavam disputando o jogo da vida deles. Aos 5 minutos do tempo adicional, o marfinense Guehi, que atua como médio-volante, protegendo sua defesa, se mandou para o ataque na cobrança de um escanteio. E na disputa pelo alto, saltou mais longe, no centro da área do Monterrey para marcar, de cabeça, o gol que transformou o Grand Stade em um caldeirão e deixou o Marrocos em festa - pelo menos até o próximo dia 18, quando o Raja vai se encontrar com Ronaldinho Gaúcho e seus companheiros, em Marrakech.

O Bayern contra a zebra chinesa

No outro jogo de sábado, também no Grand Stade de Agadir, os chineses do Guangzhou Evergrande venceram os egípcios do Al Ahly por 2 a 0, em uma partida em que os herois vieram da América do Sul. O primeiro gol do Evergrande foi do ex-botafoguense Elkenson, aos 4 minutos. Foi ele quem lançou para Muriqui na pequena área. O ex-atleticano chutou na trave e, no rebote, Elkenson abriu o placar.

Dezoito minutos depois do gol, os chineses triunfaram de vez, com os outros estrangeiros do time do italiano Marcello Lippi: o brasileiro Muriqui foi lançado, novamente, cara-a-cara com o goleiro egípcio Ekramy, que espalmou o chute. No rebote, seu companheiro, o argentino Dario Conca, mandou para a rede para fazer 2 a 0 para o Evergrande.

Aí o que se viu foi a mão Lippi. Contratado por 30 milhões de dólares por num período de três anos para dar um padrão de jogo ao time chinês, a estratégia deu certo. Sob seu comando, os jogadores do time chinês se mantiveram bem colocados em campo e aguentaram a pressão das arquibancadas e do time egípcio, mais experiente do que os asiáticos.

Com duas linhas de quatro jogadores e apenas Elkenson e Muriqui jogando mais adiantados para puxar os contra-ataques, os chineses tocaram a bola e fecharam os espaços. Os egípcios ainda mandaram uma bola no travessão, a sete minutos do final do jogo. Mas, comandado pelo seu trio de sul-americanos, o time chinês deixou o tempo passar e se classificou para a outra semifinal, no dia 17 contra o Bayern de Munique, no Grand Stade de Agadir. Os alemães desembarcarão no Marrocos neste domingo.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.