Rússia promete que lei antigay não afetará Jogos de Inverno
A Rússia garantiu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que uma polêmica lei antigay que provocou protestos em muitos países não irá afetar os atletas ou o público que comparecer às Olimpíadas de Inverno em Sochi no próximo ano. O COI, que pediu esclarecimentos com relação à lei neste mês, disse que a Rússia havia se comprometido em seguir a Carta Olímpica.
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"Recebemos hoje fortes garantias por escrito do governo russo de que todo mundo será bem recebido nos Jogos em Sochi, não importando sua orientação sexual", disse o presidente do COI, Jacques Rogge, em um comunicado. "Em sua carta, o vice-primeiro-ministro (Dmitry) Kozak destaca que ‘A Rússia se comprometeu em cumprir rigorosamente as disposições da Carta Olímpica e seus princípios fundamentais, seguindo o item 6 segundo o qual "qualquer forma de discriminação com relação a um país ou a uma pessoa por motivos de raça, religião, política ou gênero é incompatível com o Movimento Olímpico", afirmou Rogge.
A lei russa provocou escândalo internacional e houve pedidos de boicote aos Jogos no ano que vem. Vários atletas nos campeonatos mundiais de atletismo em Moscou neste mês expressaram sua oposição à lei.
“O esporte é um direito do homem que deveria ser acessível a todos, independente da raça, do sexo ou da orientação sexual”, observou o COI, por comunicado. “Os Jogos deveriam ser abertos a todos.”
Os críticos dizem que a nova lei proíbe todas as manifestações pelos direitos dos homossexuais e pode ser usada para processar quem estiver expressando apoio a eles. "A Federação Russa garante o cumprimento de suas obrigações perante o Comitê Olímpico Internacional em sua totalidade", escreveu Kozak em sua carta ao COI.
"Principalmente, a legislação da Federação Russa não estipula nenhuma restrição ou diferenciação dos direitos e responsabilidades de cidadãos tendo por base a orientação sexual. A discriminação contra minorias sexuais, assim como qualquer outra discriminação, é expressamente proibida pela Constituição da Federação Russa", argumentou o dirigente.
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