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Europa/Futebol

UEFA cria regras sobre condições de trabalho para jogadores na Europa

A União Europeia de Futebol (UEFA) assinou nessa quinta-feira um acordo estipulando condições mínimas para os contratos dos jogadores de futebol no velho continente. O texto inédito tem como objetivo evitar os abusos cometidos por times pequenos, que oferecem salários bem menores que os praticados pelos grandes clubes.

Michel Platini, presidente da UEFA, comemorou a adoção do texto protegendo os jogadores europeus.
Michel Platini, presidente da UEFA, comemorou a adoção do texto protegendo os jogadores europeus. REUTERS/Kacper Pempel
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Depois de muita negociação, a Associação das ligas européias de futebol profissional (EPFL), a Associação dos clubes europeus (ECA) e a UEFA chegaram a um acordo sobre um texto garantindo condições mínimas de trabalho para os jogadores atuando no velho continente. Essa é a primeira vez que uma modalidade de esporte coletivo estabelece esse tipo de documento.

A iniciativa da UEFA visa proteger a maioria dos jogadores que atuam em times europeus, geralmente em divisões inferiores, que recebem salários bem menores que os praticados pelos clubes maiores, que concentram as grandes estrelas do futebol. A remuneração de um atleta profissional na 2ª divisão na Holanda, por exemplo, é de 40 mil euros anuais, enquanto um craque como Messi, do Barcelona, que lidera o ranking dos salários, recebeu 31 milhões de euros no ano passado. Já Cristiano Ronaldo, do Real Madri, ganhou em 2011 mais de 27 milhões de euros. 

Mas a preocupação maior da UEFA é com os pequenos clubes na leste europeu. Várias denúncias revelaram que alguns jogadores na região são pagos de forma não-declarada, explorados pelos treinadores e até vítimas de ameaças físicas da parte dos dirigentes dos times.

O presidente da UEFA, Michel Platini, festejou a assinatura do acordo. “A proteção dos jogadores sempre foi a prioridade desde que fui eleito. Fico contente ao ver que a família do futebol europeu se reuniu” para discutir o tema, disse ele.

O texto prevê que todos os jogadores profissionais do continente beneficiem de um contrato escrito, no qual questões como salário, mas também seguro-saúde, impostos e férias sejam mencionados. O documento também estipula que os atletas participem dos treinos, “levem um estilo de vida saudável e respeitem os procedimentos disciplinares em vigor”.

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