Medalhas do Brasil no Mundial geram otimismo para Olimpíadas de Londres
A delegação brasileira de judô volta hoje para casa com um total de 6 medalhas na bagagem. A última delas foi a prata no Mundial por equipes na categoria masculina após a derrota para a França, anfitriã da competição. Na competição individual, a mais importante, o Brasil conquistou 5 medalhas, sendo 2 de prata, com Leandro Cunha (66kg) e Rafaela Silva(57kg) e 3 de bronze, com Sarah Menezes (48kg), Mayra Aguiar (78kg) e Leandro Guilheiro(81kg).
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Apesar da decepção com a falta de uma tão sonhada medalha de ouro, o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, fez um balanço positivo da participação do país.
"A participação foi boa, (a equipe masculina) fez o dever de casa. Passou pela Coreia do Sul, que é um adversário difícil. Foi um bom resultado", avaliou. Ney Wilson, no entanto, lembrou que pela terceira vez o Brasil termina em vice no Mundial por equipes e poderia ter ficado com o título de campeão em Paris.
"Perdemos uma grande oportunidade de conquistar o ouro, porque pelo ano e pela escalação que eles colocaram, nós levaríamos vantagem na matemática, mas nem sempre a matemática vence no esporte", comentou.
Ney Wilson, coordenador técnico Confederação Brasileira de Judô
"Estatisticamente a gente era o favorito e isso nos levou a acreditar que a gente poderia (vencer). A gente teve outro grande adversário que foi essa torcida imensa, gigantesca", disse o corrdenador técnico sobre o ginásio de Paris-Bercy que estava lotado de torcedores franceses. "Isso acabou influenciando emocionalmente os atletas. E aí, uma primeira luta com o resultado inesperado, acabou desequilibrando um pouco a equipe", afirmou Ney, em referência à derrota de Leandro Cunha para o francês Dmitri Dragin.
Na sequência, outra derrota, de Bruno Mendonça para Ugo Legrand. A reação brasileira começou com Leandro Guileiro que venceu Alain Schmitt por 2 a 1 na decisão dos árbitros e continuou com Tiago Camilo que passou pelo francês Romain Buffet.
A medalha de ouro foi decidida então na quinta e última luta entre o campeão mundial do peso pesado, o francês Teddy Rinner, e o brasileiro Rafael Silva. Depois de levar a luta para o golden score, após o empate nos 5 primeiros minutos, o brasileiro perdeu por um yuko.
"Eu tive algumas chances, mas preciso trabalhar mais a condição física para poder levar a luta até o final e tentar aplicar um golpe nele. No retrospecto acho que evoluí e estou no caminho certo para poder ganhar dele", disse Rafael que lutou e perdeu as três lutas contra o francês Rinner.
Otimismo
Na competição mais importante, a individual, as 3 medalhas conquistadas pelo judô feminino do Brasil foram bastante comemoradas pela Confederação Brasileira de Judô já que foi um resultado histórico e confirma a progressão da categoria no país.
"O resultado foi inédito para o judô feminino, uma equipe feminina muito jovem, o que prolonga nossa expectativa com essa equipe até as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016", disse Ney Wilson.
O total de cinco medalhas em quatorze categorias disputadas no Mundial de Paris também gerou um grande entusiasmo em relação à participação do Brasil nas Olimpíadas do ano que vem, em Londres.
"Saio do campeonato mundial com a sensação de bastante confiança de chegar nos Jogos Olímpicos (de Londres) também com a melhor participação tanto em quantidade como em qualidade. Há muito tempo não conquistamos uma medalha de ouro. Esse será nosso grande objetivo", concluiu.
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