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Reportagem

Pavilhão brasileiro estreia com sucesso na Exposição Universal de Milão

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O pavilhão brasileiro, situado perto de uma das entradas principais, foi um dos que mais chamou atenção na inauguração da Exposição Universal de Milão. Com o tema “Alimentando o mundo com soluções”, o país mostra em Milão não apenas sua importância como produtor e exportador de alimentos, mas também a vontade de usar tecnologias avançadas e de forma sustentável.

Rede gigante (ao fundo) foi a estrela do pavilhão brasileiro em Milão
Rede gigante (ao fundo) foi a estrela do pavilhão brasileiro em Milão RFI
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Enviado especial a Milão

Apesar da garoa que dominou a tarde desta sexta-feira (1°), em Milão, milhares de pessoas aproveitaram o feriado do Dia do Trabalho para visitar a Exposição Universal, que abria suas portas para o público. Segundo os organizadores, mais de 200 mil visitantes passearam nesse primeiro dia pela avenida de um 1,5 quilômetro, na qual mais de 140 países são representados em 53 pavilhões internacionais.

Durante os próximos seis meses, cada nação vai tentar impressionar como puder os 20 milhões de visitantes esperados. Mas desta vez, ao contrário da edições anteriores, os objetivos do evento mudaram. Historicamente, cada país mostrava o que tinha de melhor, principalmente do ponto de vista da inovação tecnológica. Foi assim, aliás, que o mundo descobriu um elevador durante a Exposição Universal de Nova York, em 1853, ou as primeiras máquinas de costura em Paris, em 1855. No entanto, o desafio agora é mais ambicioso, já que os organizadores escolheram como tema transversal “Alimentando o mundo, energia para a vida”, uma problemática que atinge toda a humanidade.

Para responder à temática, o Brasil montou um espaço de 4 mil m², onde abriga atividades culturais, gastronômicas, seminários e eventos de negócios. Organizado pela Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o pavilhão verde-amarelo tem como mote “Alimentando o mundo com soluções”, um slogan que visa mostrar um país que produz e exporta alimentos, mas que também se preocupa com a sustentabilidade.

Rede gigante é a estrela do pavilhão brasileiro

O espaço brasileiro foi concebido pelo Studio Arthur Casas em parceria com o Atelier Marko Brajovic, que tiveram a excelente ideia de transformar a visita em um momento lúdico. “As pessoas poderão interagir com a agricultura brasileira, com a produção sustentável do país, por meio da tecnologia da Embrapa, salas de exposição que contam um pouco a história da agricultura e também uma rede que cobre todo o stand e onde as pessoas vão caminhando e tendo a ideia de interagir como toda essa longa cadeia do agronegócio”, explica David Barioni Neto, presidente da Apex e comissário geral do Brasil na Expo 2015.

Jardim com alimentos produzidos no Brasil foi instalado sob a rede gigante.
Jardim com alimentos produzidos no Brasil foi instalado sob a rede gigante. Andrea Tagliabue

E mesmo se nem todos que passavam pelo espaço brasileiro sabiam que a tal rede carregava tanto simbolismo, a atração deu ares de parque de diversões ao pavilhão, que foi um dos mais visitados e fotografados da abertura da Expo. “Vi pessoas de outros países, bem sérias, que subiam naquela espécie de cama elástica e riam”, conta a arquiteta brasileira Tatiana Coutinho, que estava de passagem pelo pavilhão no dia da abertura. “Eu vim com minha mãe e minha sogra, que caíam nas cordas e morriam de rir. Essa alegria também representa o nosso país”.

Exposições e instalações artísticas

O espaço do Brasil na Expo 2015 vai evoluir durante a duração do evento. Para o mês de abertura, os visitantes que passarem pelo pavilhão montado pela Apex vão poder apreciar a exposição Alimentário – Arte e construção do patrimônio alimentar brasileiro. A mostra, que já foi apresentada em 2014 no MAM, no Rio de Janeiro, e este ano na OCA, em São Paulo, aborda as relações entre comida e cultura no país, por meio de obras de artistas visuais de várias épocas, como Ernesto Neto, Hélio Oiticica, Beatriz Milhazes ou Candido Portinari. Outra atração é a instalação Casamata, de Laerte Ramos, que também já passou pela Pinacoteca de São Paulo em 2014. O percurso é completado com projeções pedagógicas.

A Exposição Universal de Milão vai até o dia 31 de outubro.
 

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