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Venezuela

Conselho Eleitoral da Venezuela suspende referendo anti-Maduro

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou na noite desta quinta-feira (20) o adiamento até novo aviso da coleta de 20% das assinaturas do processo para ativar o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. A coleta estava prevista para começar na próxima semana.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins TPX IMAGES OF THE DAY
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De Caracas, Elianah Jorge para a RFI

O órgão eleitoral deliberou após tribunais penais de cinco estados, todos eles governados por integrantes do Partido Socialista Unidos da Venezuela (PSUV), denunciarem crimes de falsidade durante o processo que coletou 1% das assinaturas, realizado há alguns meses no país. O deputado Diosdado Cabello, um dos líderes do chavismo, exigiu a prisão daqueles que fraudaram o processo de coleta de 1% das assinaturas.

Agora, o processo do referendo revogatório fica paralisado, aguardando uma nova ordem judicial. Na prática, a medida adia o cronograma para a realização da votação.

Alguns opositores consideram que a decisão do órgão eleitoral põe em xeque o sistema democrático venezuelano, levando em conta que o referendo revogatório é um dos direitos previstos pela Constituição Bolivariana e que, inclusive, foi defendido pelo ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013). A coligação de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) declarou que estuda alternativas para reativar o processo.

Opositores são impedidos de deixar o país

No início da noite de ontem, o Poder Judiciário ordenou a proibição de saída do país de oito líderes opositores. fazem parte da lista o ex-candidato à presidência Henrique Capriles Radonsky, governador do estado de Miranda, e Jesus Torrealba, secretário-executivo da MUD.

Enquanto a Venezuela se questiona se haverá referendo revogatório, Maduro viajou para o Oriente Médio. Ele visitará quatro países da região com o objetivo de avaliar o preço do petróleo, a commodity que sustenta a economia venezuelana.

A impopularidade de Maduro, cuja gestão termina em 2019, atinge níveis recordes. Segundo uma pesquisa do instituto Datanalisis, 76,5% dos venezuelanos estão descontentes com a atuação de Maduro no governo e 62,3% estariam dispostos a votar pela revogação de seu mandato.

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