Acessar o conteúdo principal

Manifestação pelo referendo revogatório atrai poucas pessoas na Venezuela

A manifestação convocada pela coligação opositora Mesa da Unidade Democrática nesta quarta-feira (12) contou com pouca gente e muita desinformação.

O  líder opositor Henrique Capriles durante protesto em favor do referendo para destituição de Nicolas Maduro
O líder opositor Henrique Capriles durante protesto em favor do referendo para destituição de Nicolas Maduro REUTERS/Fausto Torrealba
Publicidade

Elianah Jorge, correspondente da RFI em Caracas

Nem mesmo o feriado nacional do Dia da Resistência Indígena motivou os eleitores a ir em peso às ruas para participar da simulação da coleta de 20% das assinaturas e das impressões digitais.

A última consulta popular, a ser realizada nos dias 26, 27 e 28 deste mês em todo o país, indicará se a Venezuela ativará ou não o referendo revogatório para tentar encurtar o mandato do presidente Nicolás Maduro.

A meta opositora era avaliar seu poder de organização e posicionar em 1.356 pontos, onde serão realizadas a coleta dos 20%, equipes para esclarecer os eleitores. Porém em diversos pontos em todo o país o objetivo não foi alcançado.

Muitos eleitores saíram dos centros da mesma forma que chegaram: sem informação consistente para minimizar as dúvidas sobre o processo do referendo revogatório. Em Caracas parecia um dia qualquer, ainda que fosse feriado, bem distante daquele 1° de setembro em que a oposição levou para as ruas mais de um milhão de pessoas.

Governo também reúne poucas pessoas

Por sua vez, a marcha convocada pelo governo também levou poucos partidários para a Plaza Venezuela, na capital venezuelana, para comemorar o Dia da Resistência Indígena e dar apoio ao presidente. De acordo com o deputado Diosdado Cabello, o evento seria de grandes proporções, mas não foi o que realmente aconteceu.

Mas foi em Villa Rosa, na Ilha de Margarita, a 600 km de Caracas, que a situação ficou tensa. Opositores e chavistas se encontraram, e o saldo do confronto foi de pouco mais de 20 pessoas feridas, a maioria partidária da oposição.

A Venezuela passa pela mais profunda crise de sua recente história, a população está desanimada e descrente em relação ao futuro. O resultado de hoje pode ser um reflexo do que vai acontecer nos centros de coleta daqui a duas semanas.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.