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Haiti/Crise política

Parlamento elege presidente interino do Haiti

Jocelerme Privert foi eleito presidente interino do Haiti na madrugada deste domingo (14). A votação no parlamento do país, retransmitida ao vivo pela TV, foi longa e só aconteceu no segundo turno. Ele assume a presidência que estava vaga desde 7 de fevereiro e vai garantir a transição até a conclusão das eleições democráticas para presidente, interrompidas em janeiro após acusações de “um Golpe de Estado Eleitoral” pela oposição haitiana.

Jocelerme Privert  foi eleito presidente provisório do Haiti, pelo parlamento do país em Porto-Príncepe, na madrugada deste domingo, 14 de fevereiro de 2016.
Jocelerme Privert foi eleito presidente provisório do Haiti, pelo parlamento do país em Porto-Príncepe, na madrugada deste domingo, 14 de fevereiro de 2016. REUTERS/Andres Martinez Casares
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Jocelerme Privert, de 62 anos, era até agora o presidente do Senado. Ele foi eleito após mais de 9 horas de debates e somente no segundo turno, mas obteve finalmente uma larga vitória e já prestou juramento. Com sua eleição, o Haiti acaba com um vazio institucional sem precedentes. Desde 7 de fevereiro, o país estava sem presidente. Michel Martelly deixou o poder no fim de seu mandato sem ter um sucessor, devido a suspensão por tempo indeterminado das eleições presidências no país. A votação foi interrompida antes da realização do segundo turno, após denúncias de fraudes da oposição. No primeiro turno, em 25 de outubro do ano passado, o candidato da situação, Jovenel Moïse, conquistou quase 33% dos votos e Jude Célestin, da oposição, 25,29%.

Um acordo assinado antes do fim do mandato de Martelly dava ao parlamento a missão de eleger um presidente interino em 120 dias. Esta é a primeira vez desde 1946 que o Haiti escolhe um chefe de Estado pela via indireta. Privert terá a tarefa de concluir o processo eleitoral para a escolha democrática do novo presidente.

Segundo turno das eleições em quatro meses?

A expectativa é que o segundo turno das eleições presidencial e legislativa seja realizado em quatro meses. Mas tudo indica que o prazo não será suficiente. O Conselho Eleitoral Provisório, responsável pela organização da votação, tem que ser recomposto. Seis de seus nove membros pediram demissão com a crise. A escolha dos novos representantes deve gerar novas tensões e acusações de ingerência do poder executivo pela oposição.

O financiamento é outro problema. Até agora, o processo eleitoral interrompido já custou US$ 100 milhões, em sua maioria repassados pela comunidade internacional.
 

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