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Papa Francisco/EUA

Em fala no Congresso dos EUA, Francisco pede fim da hostilidade contra imigrantes

Nesta quinta-feira (24),  Francisco fez o primeiro discurso de um Papa no Congresso americano e foi ovacionado em Washington. Diante de uma plateia superlotada de políticos de todos os partidos, Francisco falou em inglês, pedindo o fim da pena de morte e compaixão para os imigrantes. O Papa também abordou temas como fundamentalismo religioso e mudanças climáticas. 

O Papa Francisco foi ovacionado no Congresso americano nesta quinta-feira, 24 de setembro de 2015.
O Papa Francisco foi ovacionado no Congresso americano nesta quinta-feira, 24 de setembro de 2015. REUTERS/Kevin Lamarque
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Diante da Câmara dos Representantes lotada, Francisco pediu a abolição da pena de morte, aplicada em diversos Estados americanos, assim como o fim da mentalidade hostial contra imigrantes, lembrando que ele mesmo é filho de imigrantes italianos.

Imigração, tema de campanha

A Igreja Católica vem pedindo aos Estados Unidos para não se desencorajar diante do grande número de imigrantes que querem viver no país. "Não devemos ficar incomodados pelo número mas vê-los como pessoas, olhar seus rostos e ouvir suas histórias, tentar responder da melhor maneira possível à sua situação, de forma sempre humana, justa e fraterna", disse.

O Papa foi aplaudido diversas vezes durante o discurso, pelos democratas e também pelos republicanos. Estavam presentes os pretendentes à candidatura republicana nas presidenciais de 2016, o senador Marco Rubio e o governador de Nova Jersey, Chris Christie.

A hostilidade à imigração clandestina vem sendo amplamente explorada por alguns aspirantes republicanos, sendo a lista encabeçada pelo mais cotado,  Donal Trump, que prometeu expulsar os 11 milhões de imigrantes em situação irregular no país, se for eleito.

Discursando em inglês, Francisco também falou  o fundamentalismo religioso e voltou a falar em mudanças climáticas. Francisco acredita que o Congresso americano tem um papel importante na luta contra os danos ambientais causados pelo home, e pediu "ações valentes"  “

Ele também abordou diversos temas defendidos pela esquerda americana, como aborto e eutanásia, sempre lembrando a importância dos valores tradicionais da Igreja Católica: o casamento, a família e a preservação da vida com a rejeição ao aborto.

Críticas ao Papa

"O Papa Francisco se reúne nos Estados Unidos com pessoas marginalizadas, mas em Cuba não recebeu dissidentes", criticaram nesta quinta-feira uma organização do exílio cubano em Miami e o prefeito cubano-americano da cidade. "O Papa se reúne com os sem-teto em Washington e Nova York, teria sido um gesto extraordinário se tivesse se reunido com alguns detidos em uma prisão cubana", disse Tomás Regalado, prefeito de Miami, na Flórida.

"É um contraste lamentável ver como o Papa, em uma democracia como os Estados Unidos, se reúne com os marginalizados. No entanto, em uma ditadura, ignora os marginalizados, ignora os perseguidos (...) e escolhe confraternizar apenas com o regime ditatorial", disse Orlando Gutiérrez Boronat, do Diretório Democrático Cubano.

"O Papa Francisco está totalmente errado em sua política com Cuba", disse o diretor da organização do exílio, que, assim como o prefeito de Miami, foi crítico da aproximação entre Estados Unidos e Cuba, um processo que o pontífice argentino ajudou a materializar com uma mediação discreta.

(com informações da AFP)

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