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América Latina

Presidente colombiano e chefe das Farc farão reunião inédita em Cuba

O presidente colombiano Juan Manuel Santos e o chefe máximo das Farc, Timoleón Jiménez "Timochenko", viajarão nesta quarta-feira (23) a Havana para participar de uma reunião com os negociadores de paz que também contará com a presença do presidente cubano. Este será o primeiro encontro entre o chefe de estado e o líder guerrilheiro, que é acusado de homicídio, terrorismo, sequestro e rebelião.

O presidente colombiano Juan Manuel Santos.
O presidente colombiano Juan Manuel Santos. Fuente: Reuters.
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"Nesta reunião, vão estar presentes o Santos, o presidente Raúl e o comandante Timochenko", declarou à agência AFP uma fonte da delegação de paz da guerrilha em Havana, que pediu para não ser identificada. Segundo a fonte, a cerimônia será realizada às 17h do horário local (18h de Brasília) no salão de protocolo de El Laguito, no oeste de Havana. Há expectativa de que o encontro dê origem a um anúncio decisivo rumo a um acordo de paz.

Pouco antes, Santos informou em sua conta no Twitter que viajaria a Cuba ainda nesta quarta-feira. "Farei escala em Havana para reunião chave com negociadores com o objetivo de acelerar o fim do conflito", declarou, referindo-se ao processo de paz levado adiante em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas), a mais antiga guerrilha do continente.

A viagem ocorre em meio aos últimos avanços que os dois grupos reconheceram publicamente sobre a justiça para os insurgentes que depuserem as armas no âmbito desta negociação.

Avanços

Sem especificar quanto tempo o presidente passará na ilha nem confirmar o encontro com as outras partes, a presidência da Colômbia afirmou em um comunicado que "a justiça é o centro das negociações de paz e com um acordo no tema o sonho de construir um país em paz começa a se tornar uma realidade".

O ponto sobre a justiça está em discussão há quase um ano e "é o quinto ponto de seis que foram determinados na negociação de paz com as Farc", acrescentou o texto. O consenso, ainda não anunciado formalmente, a respeito da justiça com os delegados da maior guerrilha da Colômbia, que tem 7.000 combatentes, segundo números oficiais, significa "um ponto de não retorno". Esta é a quarta tentativa de colocar fim ao conflito armado colombiano, que deixou ao menos 220.000 mortos e mais de seis milhões de deslocados.

(Com informações da AFP)

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