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EUA/crise financeira

Obama renova apelo para que Congresso aprove teto maior de dívida

O presidente Barack Obama fez um novo pronunciamento à nação na noite desta segunda-feira e insistiu na necessidade de o Congresso aprovar um acordo que aumente o teto da dívida americana e, ao mesmo tempo, reduza o déficit fiscal do país para evitar uma profunda crise econômica.

O presidente dos Estados Unidos de América, Barack Obama discursou ontem (25) sobre a crise da dívida americana.
O presidente dos Estados Unidos de América, Barack Obama discursou ontem (25) sobre a crise da dívida americana. REUTERS/Jim Watson/Pool
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Raquel Krähenbühl, de Washington, para a RFI

"Isso ameaçaria começar uma profunda crise econômica - desta vez causada quase inteiramente por Washington", alertou. Depois que republicanos e democratas apresentaram propostas diferentes nesta segunda-feira, o presidente pediu que os dois partidos deixem a politicagem de lado e se comprometam com um plano equilibrado, que aumente impostos dos mais ricos e reduza gastos do governo. Obama revelou que o líder da Câmara dos Representantes, John Boenher, estava trabalhando com ele nas últimas semanas para chegar a este acordo.

Mas faltando apenas seis dias para o governo ficar sem dinheiro para cumprir seus compromissos, as negociações em Washington parecem estar mais longe de um consenso. Na segunda-feira, os republicanos na Câmara apresentaram uma proposta de curto prazo, que a princípio aumentaria o teto da dívida em US$1 trilhão em troca de redução de gastos. O restante do aumento do limite do endividamento seria votado no próximo ano. O plano da oposição sugere um corte de US$3 trilhões em gastos públicos. Já os democratas no Senado anunciaram um plano diferente que reduziria os gastos em US$2,7 trilhões e aumentaria o teto da dívida para US$17 trilhões (hoje o teto é de US$ 14,3 trilhões), deixando a próxima batalha no congresso para 2013.

O presidente criticou a proposta dos republicanos, declarando que ela não vai resolver o problema, porque depois de seis meses um novo impasse ameaçaria novamente o país com o risco de um calote. “Seis meses de extensão do teto da dívida podem não ser suficientes para evitar um rebaixamento do crédito do país e um aumento da taxa de juros, que todos os americanos teriam que pagar”, declarou. Obama defendeu a proposta dos democratas, dizendo que é um acordo bem melhor e um compromisso que ele pode assinar.

Em resposta ao presidente, o líder da Câmara falou que “a notícia triste é que o presidente queria um cheque em branco seis meses atrás e que quer um cheque em branco agora e isto não vai acontecer”. Ele disse que a Câmara vai aprovar sua proposta nesta semana e que ele espera que o Senado faça o mesmo e que o presidente assine a lei.

Obama pediu que o povo americano pressione os parlamentares por uma proposta equilibrada para reduzir o déficit do país. “Eu peço a todos vocês que façam com que suas vozes sejam ouvidas. Se você quer uma redução do déficit de forma equilibrada, faça com que seu representante no Congresso saiba”, convocou o presidente.
 

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